Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo como de um alçapão.
Eles não têm pouso nem porto;
Alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles estava em ti...
Mario Quintana
Fonte: QUINTANA, Mario. Esconderijos do tempo. Porto Alegre; L&PM, 1980.
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