GRAMÍNEA
Tema da semana: Os biomas do Brasil
O Pampa, bioma característico da região sul do Brasil, apresenta uma vegetação dominada por gramíneas. São extensos campos baixos, onde também ocorrem plantas rasteiras e alguns arbustos. As gramíneas são tanto o capim e a relva (gramas de forragem) quanto as plantas que dão grãos, como o arroz. Os grandes campos de gramíneas foram um fator-chave para o desenvolvimento da pecuária da região dos pampas.
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
PALAVRA DO DIA
LIXIVIAÇÃO
Tema da Semana: Os biomas do Brasil.
O Cerrado é um bioma que abrange principalmente uma região do Brasil conhecida como Planalto Central. Muito comparado com a savana africana, o Cerrado tem a sua grande biodiversidade ameaçada desde os meados da década de 1950, seja pela expansão da urbanização, seja pelas monoculturas de soja, arroz etc. Esse bioma sofre grande influência das chuvas, como, por exemplo, o processo de lixiviação. A lixiviação se dá quando as chuvas “arrastam” consigo os componentes que tornam os solos férteis. Trata-se de um processo de separação de substâncias. No caso do Cerrado, a lixiviação torna os solos mais ácidos, pela falta de nutrientes naturais.
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
Tema da Semana: Os biomas do Brasil.
O Cerrado é um bioma que abrange principalmente uma região do Brasil conhecida como Planalto Central. Muito comparado com a savana africana, o Cerrado tem a sua grande biodiversidade ameaçada desde os meados da década de 1950, seja pela expansão da urbanização, seja pelas monoculturas de soja, arroz etc. Esse bioma sofre grande influência das chuvas, como, por exemplo, o processo de lixiviação. A lixiviação se dá quando as chuvas “arrastam” consigo os componentes que tornam os solos férteis. Trata-se de um processo de separação de substâncias. No caso do Cerrado, a lixiviação torna os solos mais ácidos, pela falta de nutrientes naturais.
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segunda-feira, 29 de agosto de 2011
29 de Agosto - Dia Nacional do Combate do Fumo

O tabagismo é a principal causa de muitas doenças pulmonares, como a bronquite crônica,
o enfisema pulmonar, o câncer de pulmão e está associado ainda a tumores em vários
outros locais e doenças cardiovasculares.
Com o objetivo de conscientizar a população sobre o assunto e diminuir os riscos desses tipos de doenças, o governo aprovou, em 1986, a Lei Federal nº 7488, que estabeleceu o dia 29 de agosto como
"Dia Nacional de Combate ao Fumo", criando assim, o compromisso de elaborar campanhas de combate ao tabagismo. Essa iniciativa também é praticada em todo mundo no dia 31 de maio, conhecido como
"Dia Mundial sem o Tabaco", que movimenta todos países na luta contra o vício.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, no Brasil, cerca de 30% da população adulta é fumante. Além disso, estima-se que ocorram, a cada ano,
125.000 mortes no país por doenças associadas ao fumo.
Disponível em: http://www.velhosamigos.com.br/DatasEspeciais/dianacionaldecombateaofumo.html
PALAVRA DO DIA
SERINGUEIRA
Tema da semana: Os biomas do Brasil
O bioma amazônico é constituído, principalmente, pela conhecida floresta tropical de mesmo nome. Formada por diversos ecossistemas, a Amazônia apresenta uma variedade infinita de plantas, entre elas a seringueira. Esta árvore originária da bacia hidrográfica do rio Amazonas (onde existia com abundância), é uma das plantas que produzem o látex, e teve grande importância econômica no Brasil, na época do chamado ciclo da borracha. A exploração da seringueira para extração do látex entre o final do século XIX e o início do século XX atraiu muitos trabalhadores – a maioria nordestinos – que foram chamados de seringueiros. O ciclo da borracha foi um período de expansão colonial na Região Amazônica, atraindo riquezas e impulsionando o desenvolvimento de cidades como Manaus, Porto Velho e Belém. A seringueira é uma árvore da família das euforbiáceas, assim como a mamona.
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
Tema da semana: Os biomas do Brasil
O bioma amazônico é constituído, principalmente, pela conhecida floresta tropical de mesmo nome. Formada por diversos ecossistemas, a Amazônia apresenta uma variedade infinita de plantas, entre elas a seringueira. Esta árvore originária da bacia hidrográfica do rio Amazonas (onde existia com abundância), é uma das plantas que produzem o látex, e teve grande importância econômica no Brasil, na época do chamado ciclo da borracha. A exploração da seringueira para extração do látex entre o final do século XIX e o início do século XX atraiu muitos trabalhadores – a maioria nordestinos – que foram chamados de seringueiros. O ciclo da borracha foi um período de expansão colonial na Região Amazônica, atraindo riquezas e impulsionando o desenvolvimento de cidades como Manaus, Porto Velho e Belém. A seringueira é uma árvore da família das euforbiáceas, assim como a mamona.
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sexta-feira, 26 de agosto de 2011
DICAS PARA O VESTIBULAR UEL 2012

EDITAL - http://www.cops.uel.br/vestibular/2012/
CALENDÁRIO - http://www.cops.uel.br/vestibular/2012/calendario_vest_2012.pdf
NOTAS E PESOS - http://www.cops.uel.br/vestibular/2012/notas-pesos/
DISCIPLINAS DE CONHECIMENTO ESPECÍFICO - (agora são 3)
http://www.cops.uel.br/vestibular/2012/quadro_disciplinas_prova_conhecimento_especifico.pdf
PROGRAMA DAS DISCIPLINAS - http://www.cops.uel.br/vestibular/2012/programa-disc/
UEL COMENTA PROVAS ANTERIORES - http://www.cops.uel.br/vestibular/2012/RevistaDialogosPedagogicos.pdf
PERGUNTAS MAIS FREQUENTES - http://www.cops.uel.br/vestibular/2012/faq/
Veja também o que já foi publicado sobre o Vestibular Uel 2012 neste blog:
- DICAS IMPORTANTES;
- OBRAS LITERÁRIAS;
- ANÁLISE DAS OBRAS: O outro pé da sereia; Cidade de Deus; A teus pés; A confissão de Lúcio; A capital federal ; Bom-crioulo; Espumas flutuantes;
- MUDANÇAS NO VESTIBULAR DA UEL 2012.
PALAVRA DO DIA
LOGÍSTICA
Tema da semana: Sugestões dos usuários do Aulete Digital
Sugerida por Paulo Cesar
Hoje em dia, a logística é uma área de gestão que se encarrega de calcular, prover e pôr em prática as atividades de uma empresa. Com origem na Grécia, a palavra está relacionada à contabilidade, à organização financeira. Possivelmente, a logística surgiu de necessidades militares. Enquanto se deslocavam, os exércitos precisavam se abastecer de armamento, munições e de comida. Havia, inclusive, um oficial chamado Logistikas responsável por isso.
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
Tema da semana: Sugestões dos usuários do Aulete Digital
Sugerida por Paulo Cesar
Hoje em dia, a logística é uma área de gestão que se encarrega de calcular, prover e pôr em prática as atividades de uma empresa. Com origem na Grécia, a palavra está relacionada à contabilidade, à organização financeira. Possivelmente, a logística surgiu de necessidades militares. Enquanto se deslocavam, os exércitos precisavam se abastecer de armamento, munições e de comida. Havia, inclusive, um oficial chamado Logistikas responsável por isso.
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quinta-feira, 25 de agosto de 2011
PALAVRA DO DIA
CANDANGO
Tema da semana: Sugestões dos usuários do Aulete Digital
Sugerida por Alexandre Pereira
Candango era como os africanos chamavam os portugueses, por volta do século XIX. Tempos depois, essa palavra foi usada de forma pejorativa, para designar os trabalhadores nordestinos que, fugindo da seca, foram trabalhar na construção de Brasília. Hoje em dia, a palavra candango define quem nasceu na capital nacional, e perdeu bastante da sua carga negativa, tendo mais um caráter de homenagem aos trabalhadores que ergueram a cidade, fundada em 1960.
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
Tema da semana: Sugestões dos usuários do Aulete Digital
Sugerida por Alexandre Pereira
Candango era como os africanos chamavam os portugueses, por volta do século XIX. Tempos depois, essa palavra foi usada de forma pejorativa, para designar os trabalhadores nordestinos que, fugindo da seca, foram trabalhar na construção de Brasília. Hoje em dia, a palavra candango define quem nasceu na capital nacional, e perdeu bastante da sua carga negativa, tendo mais um caráter de homenagem aos trabalhadores que ergueram a cidade, fundada em 1960.
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25 de Agosto - Dia do Soldado

O dia do soldado é comemorado no dia 25 de Agosto. A data, que tem por objetivo homenagear o trabalho dos membros do Exército Brasileiro, foi instituída em homenagem a Luís Alves de Lima e Silva, patrono do Exército brasileiro, nascido em 25 de agosto de 1803.
Com pouco mais de 20 anos já era capitão.
Luís Alves de Lima e Silva - Duque de Caxias -lutou e
defendeu o Brasil em confrontos externos e internos.
Soldado é uma graduação do fundo da hierarquia militar.
O termo soldado deriva do latim solidarius – alguém que é pago para servir.
No Brasil, o serviço militar é obrigatório por lei desde 1908.
Ao completar 18 anos, todo rapaz deve se cadastrar em alguma das forças armadas
(Marinha, Exército ou Aeronáutica).
Disponível em: http://www.brasilescola.com/datacomemorativas/dia-soldado.htm
PALAVRA DO DIA
CANDANGO
Tema da semana: Sugestões dos usuários do Aulete Digital
Sugerida por Alexandre Pereira
Candango era como os africanos chamavam os portugueses, por volta do século XIX. Tempos depois, essa palavra foi usada de forma pejorativa, para designar os trabalhadores nordestinos que, fugindo da seca, foram trabalhar na construção de Brasília. Hoje em dia, a palavra candango define quem nasceu na capital nacional, e perdeu bastante da sua carga negativa, tendo mais um caráter de homenagem aos trabalhadores que ergueram a cidade, fundada em 1960.
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Tema da semana: Sugestões dos usuários do Aulete Digital
Sugerida por Alexandre Pereira
Candango era como os africanos chamavam os portugueses, por volta do século XIX. Tempos depois, essa palavra foi usada de forma pejorativa, para designar os trabalhadores nordestinos que, fugindo da seca, foram trabalhar na construção de Brasília. Hoje em dia, a palavra candango define quem nasceu na capital nacional, e perdeu bastante da sua carga negativa, tendo mais um caráter de homenagem aos trabalhadores que ergueram a cidade, fundada em 1960.
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terça-feira, 23 de agosto de 2011
PALAVRA DO DIA
MAGOTE
Tema da semana: Sugestões dos usuários do Aulete Digital
Sugerida por Hamilton Farias
Sabe quando uma avenida é bloqueada por causa de uma manifestação ou passeata?
Essas pessoas juntas formam um magote.
E num possível engarrafamento na mesma avenida, os automóveis também constituem um magote.
Magote é uma reunião, uma concentração de coisas, pessoas, ou de outros seres vivos.
Pode existir um magote de flores, ferramentas, chaves...
Tudo o que houver em grande quantidade forma um magote.
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
Tema da semana: Sugestões dos usuários do Aulete Digital
Sugerida por Hamilton Farias
Sabe quando uma avenida é bloqueada por causa de uma manifestação ou passeata?
Essas pessoas juntas formam um magote.
E num possível engarrafamento na mesma avenida, os automóveis também constituem um magote.
Magote é uma reunião, uma concentração de coisas, pessoas, ou de outros seres vivos.
Pode existir um magote de flores, ferramentas, chaves...
Tudo o que houver em grande quantidade forma um magote.
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segunda-feira, 22 de agosto de 2011
PALAVRA DO DIA
SUARABÁCTI
Tema da semana: Sugestões dos usuários do Aulete Digital
Sugerida por Gil Ferreira
A Língua Portuguesa está em constante transformação e evolução.
Somos nós, os usuários, que realizamos essas transformações.
E um sinal da evolução da Língua são os suarabáctis.
Sabe quando alguém pronuncia "subistituto", mesmo que a grafia correta da palavra seja "substituto"? Ou quando alguém diz "adivogado", quando se escreve "advogado"?
Então, esses são exemplos de suarabáctis.
Suarabácti é um processo de acréscimo de uma vogal entre consoantes.
Suarabáctis são muito comuns na linguagem semiformal ou informal e também podem ser chamados de anaptixes.
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
Tema da semana: Sugestões dos usuários do Aulete Digital
Sugerida por Gil Ferreira
A Língua Portuguesa está em constante transformação e evolução.
Somos nós, os usuários, que realizamos essas transformações.
E um sinal da evolução da Língua são os suarabáctis.
Sabe quando alguém pronuncia "subistituto", mesmo que a grafia correta da palavra seja "substituto"? Ou quando alguém diz "adivogado", quando se escreve "advogado"?
Então, esses são exemplos de suarabáctis.
Suarabácti é um processo de acréscimo de uma vogal entre consoantes.
Suarabáctis são muito comuns na linguagem semiformal ou informal e também podem ser chamados de anaptixes.
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22 de Agosto – Dia do Supervisor Escolar

O Supervisor Escolar é o profissional responsável pela coordenação e
apoio das atividades do corpo docente dentro de uma escola.
Esse profissional atua em instituições escolares de educação básica,
no magistério do ensino superior e na área de pesquisa educacional.
Entre as atribuições do profissional da Supervisão Educacional encontram-se: atuar no desempenho do currículo, assegurar o relacionamento e a ordenação sequencial dos conteúdos e controlar acima de tudo o rendimento escolar dos alunos avaliando as causas do aproveitamento insuficiente dos mesmos.
Disponível em: http://www.olharpedagogico.com/site_detalheNota.php?id=18
22 de Agosto – Dia do Folclore

Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas,
principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil.
Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos.
Muitos deles deram origem a festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.
Disponível em: http://www.smartkids.com.br/datas-comemorativas/22-agosto-dia-do-folclore.html
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
PALAVRA DO DIA
COGNIÇÃO
Tema da Semana: Pensamento e psicologia
Entendemos por cognição todo o conjunto de processos que possibilita ao ser humano conhecer, aprender, adquirir a experiência de saber. Essa palavra, com origem nos escritos de Platão e Aristóteles, representa a forma como a mente, através do pensamento, da percepção, representação, associação e lembranças acumula conhecimento. Simplificando, cognição é a forma como o cérebro administra, pensa, recorda e armazena as informações recebidas pelo corpo.
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
Tema da Semana: Pensamento e psicologia
Entendemos por cognição todo o conjunto de processos que possibilita ao ser humano conhecer, aprender, adquirir a experiência de saber. Essa palavra, com origem nos escritos de Platão e Aristóteles, representa a forma como a mente, através do pensamento, da percepção, representação, associação e lembranças acumula conhecimento. Simplificando, cognição é a forma como o cérebro administra, pensa, recorda e armazena as informações recebidas pelo corpo.
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011
PALAVRA DO DIA
PSICOTERAPIA
Tema da Semana: Pensamento e psicologia
Se há um sofrimento, uma angústia ou uma inquietação com a qual você não saiba lidar sozinho, é essencial que procure ajuda. A família e os amigos são sempre um porto seguro, mas é preciso o acompanhamento de um profissional, pois este possui um olhar mais objetivo em relação ao problema. A psicoterapia é um dos caminhos para tratar das doenças emocionais e dos distúrbios mentais. Através de um acompanhamento sem uso de medicamentos, o psicoterapeuta busca auxiliar o paciente a lidar com seus problemas, identificando a origem dos mesmos e buscando fortalecer sua mente para resolvê-los, através de sugestões, tranquilizações etc
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
Tema da Semana: Pensamento e psicologia
Se há um sofrimento, uma angústia ou uma inquietação com a qual você não saiba lidar sozinho, é essencial que procure ajuda. A família e os amigos são sempre um porto seguro, mas é preciso o acompanhamento de um profissional, pois este possui um olhar mais objetivo em relação ao problema. A psicoterapia é um dos caminhos para tratar das doenças emocionais e dos distúrbios mentais. Através de um acompanhamento sem uso de medicamentos, o psicoterapeuta busca auxiliar o paciente a lidar com seus problemas, identificando a origem dos mesmos e buscando fortalecer sua mente para resolvê-los, através de sugestões, tranquilizações etc
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quarta-feira, 17 de agosto de 2011
17 de Agosto – Dia do Amor

Segundo os informantes da internet e a Wikipédia , hoje é Dia do Amor.
Essa coisa que deixa a gente mais alterado do que qualquer sibutramina ou droga ilícitas.
Dá sono e tira o sono. Dá paz e torna sua vida um inferno.
Gera insegurança e te faz sentir uma segurança incrível.
Essa coisa que ninguém sabe o que é e vive se arriscando a descobrir.
Amor de mãe, amor de filho, amor de homem, de bichinhos de estimação, tem cada tipo de amor...
Seja lá o que é isso.
Disponível em: http://www.bebendo.com.br/2010/08/17-de-agosto-dia-do-amor.html
17 de Agosto – Dia Nacional do Patrimônio Histórico

Comemora-se o Dia Nacional do Patrimônio Histórico na mesma data em que nasceu o historiador e jornalista Rodrigo Mello Franco de Andrade (Belo Horizonte-MG, 1898-1969). Por meio da Lei nº 378, de 1937, o governo Getúlio Vargas criou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), onde o historiador trabalhou até o fim da vida.Em seu esforço de preservação dos bens culturais do país, o IPHAN já tombou 16 mil edifícios, 50 centros urbanos e 5 mil sítios arqueológicos brasileiros. Dono de um acervo monumental, o instituto tem mais de um milhão de objetos catalogados, entre livros, arquivos, registros fotográficos e audiovisuais.
O Museu Nacional de Belas Artes, o Museu Imperial, o Museu Histórico Nacional, o Museu da República, o Museu da Inconfidência, o Paço Imperial, a Cinemateca Brasileira e o Sítio Roberto Burle Marx são algumas das principais instituições sob a responsabilidade do IPHAN.
O Brasil tem ainda doze monumentos culturais e naturais na Lista do Patrimônio Mundial (World Heritage), da Unesco. Até 1999, havia 630 bens de 118 países inscritos nessa lista. Desses,
480 são patrimônios culturais, 128, naturais e 22, mistos.
Disponível em: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/pwdtcomemorativas/default.php?reg=7&p_secao=16
PALAVRA DO DIA
ALIENAÇÃO
Tema da Semana: Pensamento e psicologia
Alienar-se é estar fora, de si ou do mundo externo. Na psicologia e na psiquiatria, o termo refere-se a um estado mental no qual a relação do indivíduo com o mundo ao seu redor está rompida ou enfraquecida. Pode ser também um estado – individual ou coletivo – de falta de autonomia. Alienados são aqueles que se recusam a enxergar as mudanças do mundo e se tornam alijados de identidade. Alienado em relação a si ou ao mundo, o indivíduo acaba por perder sua capacidade de conhecer, atuar e transformar qualquer realidade.
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
Tema da Semana: Pensamento e psicologia
Alienar-se é estar fora, de si ou do mundo externo. Na psicologia e na psiquiatria, o termo refere-se a um estado mental no qual a relação do indivíduo com o mundo ao seu redor está rompida ou enfraquecida. Pode ser também um estado – individual ou coletivo – de falta de autonomia. Alienados são aqueles que se recusam a enxergar as mudanças do mundo e se tornam alijados de identidade. Alienado em relação a si ou ao mundo, o indivíduo acaba por perder sua capacidade de conhecer, atuar e transformar qualquer realidade.
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terça-feira, 16 de agosto de 2011
16 de Agosto - Dia do Filósofo

A Filosofia estuda o conhecimento racional da natureza, do ser humano, do universo e suas transformações. Sócrates é considerado o pai da filosofia. Dedicou sua vida ao ensino e conhecimento da virtude, visando libertar a consciência da opinião errada e da opinião alheia,
estimulando a descoberta por si mesmo da verdade.
Outros filósofos como Platão (o qual foi discípulo de Sócrates e registrou suas idéias), Aristóteles, Descartes, Marx e Kant também contribuíram na construção dos alicerces da Filosofia.
Estudiosos de Filosofia contemporâneos falam que a humanidade vive um processo acelerado de mudança, o qual tem deixado o mundo sem memória, onde as opiniões são consideradas móveis e frágeis.
Discutir e pensar à luz da Filosofia e sustentar firmemente uma lógica de pensamento
tornou-se um grande desafio nos tempos atuais.
Disponível em:
http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/pwdtcomemorativas/default.php?reg=19&p_secao=16
PALAVRA DO DIA
ALZHEIMER
Tema da Semana: Pensamento e psicologia
Uma das enfermidades mais graves relacionadas à memória é o mal de Alzheimer. Trata-se de uma doença ainda incurável, causada por certo tipo de degeneração de células nervosas do cérebro. Sua causa provavelmente está associada ao envelhecimento e os sintomas apresentados são, primeiramente, a perda gradativa de memória e do sentido de orientação, evoluindo para uma dificuldade em se comunicar e agir, até a morte, geralmente causada por infecção. Apesar de levar à morte, o Alzheimer tem tratamento, o que pode dar ao idoso maior qualidade de vida através do controle dos sintomas e retardamento das perdas cognitivas.
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
Tema da Semana: Pensamento e psicologia
Uma das enfermidades mais graves relacionadas à memória é o mal de Alzheimer. Trata-se de uma doença ainda incurável, causada por certo tipo de degeneração de células nervosas do cérebro. Sua causa provavelmente está associada ao envelhecimento e os sintomas apresentados são, primeiramente, a perda gradativa de memória e do sentido de orientação, evoluindo para uma dificuldade em se comunicar e agir, até a morte, geralmente causada por infecção. Apesar de levar à morte, o Alzheimer tem tratamento, o que pode dar ao idoso maior qualidade de vida através do controle dos sintomas e retardamento das perdas cognitivas.
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
15 de Agosto - Dia da Informática

Mouse, monitor, teclado, placa mãe, hardware, software...
Essas são apenas algumas das palavras que surgiram
depois que a informática apareceu.
É tanto termo complicado e palavra difícil pra decorar
que mais parece uma outra língua: o informatiquês.
Isso sem contar com os termos da internet e aquele bando de protocolos.
E você sabe por que o dia 15 de agosto é o dia dela?
É que neste mesmo dia em 1946 os americanos apresentaram o Eniac,
o primeiro equipamento eletrônico chamado de computador em todo o mundo.
Vamos dar nossos parabéns para todos aqueles
que trabalham com informática no dia de hoje!
Disponível em: http://www.smartkids.com.br/datas-comemorativas/15-agosto-dia-da-informatica.html
PALAVRA DO DIA
EGO
Tema da Semana: Pensamento e Psicologia
Sigmund Freud, criador da teoria da psicanálise, durante seus estudos sobre o cérebro e o pensamento humano desenvolveu o que chamamos de modelo estrutural da personalidade, que seria a divisão do aparelho psíquico em 3 estruturas: id, ego e superego. O ego seria o princípio da realidade, introduzindo à mente a aceitação do mundo externo e controlando as pulsões inconscientes produzidas pelo id. O ego é a nossa consciência, é o que nos permite realizar os desejos quando a realidade externa é favorável, para que o mínimo de consequências negativas ocorra. O papel do ego é aceitar a realidade e, partindo dessa aceitação, selecionar e controlar nossos mais íntimos desejos.
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
Tema da Semana: Pensamento e Psicologia
Sigmund Freud, criador da teoria da psicanálise, durante seus estudos sobre o cérebro e o pensamento humano desenvolveu o que chamamos de modelo estrutural da personalidade, que seria a divisão do aparelho psíquico em 3 estruturas: id, ego e superego. O ego seria o princípio da realidade, introduzindo à mente a aceitação do mundo externo e controlando as pulsões inconscientes produzidas pelo id. O ego é a nossa consciência, é o que nos permite realizar os desejos quando a realidade externa é favorável, para que o mínimo de consequências negativas ocorra. O papel do ego é aceitar a realidade e, partindo dessa aceitação, selecionar e controlar nossos mais íntimos desejos.
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sexta-feira, 12 de agosto de 2011
VESTIBULAR UEL 2012

DATAS IMPORTANTES VESTIBULAR UEL 2012
Inscrições de 15/08/2011 a 15/09/2011
Provas 1ª Fase - 30/10/2011
Resultados 1ª Fase e Convocação para 2ª Fase - 07/11/2011
Provas 2ª Fase - 20, 21 e 22/11/2011
Resultado do Processo Seletivo Vestibular 2012 - 17/01/2012
MUDANÇAS NAS PROVAS DO VESTIBULAR UEL
• A prova de Redação do Vestibular da UEL passará a exigir, no mínimo, 2 textos e, no máximo, 4 textos. Assim, sempre partindo de textos de leitura, deverão ser produzidos textos inseridos em um (ou mais) dos tipos textuais mais correntes: o narrar, o argumentar, o expor, pois se trata de tipologia que atende à realidade das produções cotidianas, escolares ou não, importantes para o ingresso e a permanência bem sucedida do aluno na Universidade.
• A prova de Conhecimentos Específicos será constituída de 12 (doze) questões discursivas, distribuídas entre 3 disciplinas desenvolvidas no Ensino Médio, como estabelecidas nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio do MEC e nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná, de acordo com os programas a serem definidos no Manual do Candidato.
• Cada uma das 12 questões discursivas da prova de Conhecimentos Específicos poderá conter 2 (dois) itens interligados entre si e articulados à proposta da questão.
• As questões discursivas poderão ter pesos diferenciados para as disciplinas, a critério dos Colegiados de Curso.
OBRAS LITERÁRIAS PARA O VESTIBULAR UEL 2012
1- Poesias selecionadas - Gregório de Matos
2- Espumas flutuantes - Castro Alves
3- Bom-Crioulo - Adolfo Caminha
4- A capital federal - Artur Azevedo
5- A Confissão de Lúcio - Mario de Sá-Carneiro
6- Contos gauchescos - João Simões Lopes Neto
7- As melhores crônicas de Raquel de Queiroz - Raquel de Queiroz
8- A teus pés - Ana Cristina César
9- Cidade de Deus (2ª edição) - Paulo Lins
10- O outro pé da sereia - Mia Couto
Disponível em:http://www.cops.uel.br/vestibular/2012
ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio
Este ano o Exame Nacional do Ensino Médio – Enem será adotado como única forma de seleção para os processos seletivos de pelo menos 30 universidades federais. Ao todo, 59 universidades usarão ou ainda estão em processo de avaliação para definir como usar as notas obtidas pelos candidatos no Enem, algumas delas já utilizam a média apenas para as vagas remanescentes e outras usam a classificação do Sisu – Sistema de Seleção Unificada.
Mais de 6 milhões de pessoas estão inscritas para sãs provas deste ano, que acontecerão nos dias 22 e 23 de Outubro. Desde que começou a assumir o papel de vestibular para algumas universidades, o Enem ganhou mais importância e significância como critério de avaliação de estudantes que já concluíram o ensino médio. Atualmente o sistema disponibilizará 83 mil vagas em instituições públicas, que serão disputadas com base na nota do Sisu, sem contar com as bolsas em instituições particulares que são ofertadas a alunos que estudaram o ensino médio em escola pública.
Além de oferecer mais opções para os estudantes, a adoção do Enem como seleção por parte de universidades públicas cria uma forma de seleção única e permite que os alunos concorram a vagas em instituições de fora sem precisar sair de sua cidade para fazer o vestibular. Confira na lista abaixo quais são as universidades que já adotam o Enem como critério único de seleção.
Universidades Federais que adotaram o Enem como forma de seleção
Ufopa – Universidade Federal do Oeste do Pará
UFMA – Universidade Federal do Maranhão
UFC – Universidade Federal do Ceará
UFRPE – Universidade Federal Rural de Pernambuco
Ufersa – Universidade Federal Rural do Semi-Árido
UFCG – Universidade Federal de Campina Grande
Univasf – Universidade Federal do Vale do São Francisco
UFRB – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Unilab – Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira
UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso
UFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Ufop – Universidade Federal de Ouro Preto
UFSCar – Universidade Federal de São Carlos
UFRRJ – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Unifal – Universidade Federal de Alfenas
Unirio – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
UFFS – Universidade Federal da Fronteira Sul
UFCSPA – Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
UFPel – Universidade Federal de Pelotas
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Unipampa – Universidade Federal do Pampa
Unila – Universidade Federal da Integração Latino-Americana
Furg – Fundação Universidade Federal do Rio Grande
UFABC – Universidade Federal do ABC
Disponível em: http://resumododia.com/universidades-federais-que-usam-enem-como-selecao.htmlutm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+resumododia+%28Resumo+do+Dia%29
Mais de 6 milhões de pessoas estão inscritas para sãs provas deste ano, que acontecerão nos dias 22 e 23 de Outubro. Desde que começou a assumir o papel de vestibular para algumas universidades, o Enem ganhou mais importância e significância como critério de avaliação de estudantes que já concluíram o ensino médio. Atualmente o sistema disponibilizará 83 mil vagas em instituições públicas, que serão disputadas com base na nota do Sisu, sem contar com as bolsas em instituições particulares que são ofertadas a alunos que estudaram o ensino médio em escola pública.
Além de oferecer mais opções para os estudantes, a adoção do Enem como seleção por parte de universidades públicas cria uma forma de seleção única e permite que os alunos concorram a vagas em instituições de fora sem precisar sair de sua cidade para fazer o vestibular. Confira na lista abaixo quais são as universidades que já adotam o Enem como critério único de seleção.
Universidades Federais que adotaram o Enem como forma de seleção
Ufopa – Universidade Federal do Oeste do Pará
UFMA – Universidade Federal do Maranhão
UFC – Universidade Federal do Ceará
UFRPE – Universidade Federal Rural de Pernambuco
Ufersa – Universidade Federal Rural do Semi-Árido
UFCG – Universidade Federal de Campina Grande
Univasf – Universidade Federal do Vale do São Francisco
UFRB – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Unilab – Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira
UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso
UFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Ufop – Universidade Federal de Ouro Preto
UFSCar – Universidade Federal de São Carlos
UFRRJ – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Unifal – Universidade Federal de Alfenas
Unirio – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
UFFS – Universidade Federal da Fronteira Sul
UFCSPA – Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
UFPel – Universidade Federal de Pelotas
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Unipampa – Universidade Federal do Pampa
Unila – Universidade Federal da Integração Latino-Americana
Furg – Fundação Universidade Federal do Rio Grande
UFABC – Universidade Federal do ABC
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12 de Agosto - Dia Nacional das Artes

Hoje comemoramos o dia nacional das artes!
Já imaginaram o mundo se não existissem as obras de arte?
Arte pode ser desde uma pintura, escultura, ou até mesmo uma fotografia.
As pinturas podem ser concretas ou abstratas.
As abstratas sempre parecem não significar nada,
apenas rabiscos sem sentido, porém, cada pintura tem seu significado único,
e nela contém todos os sentimentos e emoções vividas por seu artista.
Podemos encontrar inúmeras obras de arte famosas nos museus!
Visitá-los deveria se tornar um hábito de todos,
pois arte trás cultura e conhecimento para nossa vida.
No Museu de Artes de São Paulo (MASP),
você poderá encontrar pinturas famosas de artistas como,
Picasso, Matisse, Monet e Van Gogh.
Vale tirar o dia para uma visita ao museu mais próximo de sua cidade!
Disponível em: http://www.smartkids.com.br/datas-comemorativas/12-agosto-dia-nacional-das-artes.html
PALAVRA DO DIA
TROPICÁLIA
Tema da Semana: ícones da música
A Tropicália foi um movimento estético, social, político e cultural articulado entre música, artes plásticas, poesia e cinema, surgido no final da década de 1960, que se caracterizou pela combinação de elementos típicos da cultura brasileira com os da arte pop e vanguardistas, com raízes no Modernismo de 1922. Na época em que surgiu, nos festivais de música organizados pela TV Record, seus artistas – como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Os Mutantes – foram criticados por supostamente aderirem às influências do imperialismo americano, ao invés de fortalecer a cultura nacional ou escrever músicas de protesto contra o então governo ditatorial.
O Tropicalismo defendia-se alegando que as experiências estéticas da sua arte já eram, por si só, um instrumento social revolucionário.
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
Tema da Semana: ícones da música
A Tropicália foi um movimento estético, social, político e cultural articulado entre música, artes plásticas, poesia e cinema, surgido no final da década de 1960, que se caracterizou pela combinação de elementos típicos da cultura brasileira com os da arte pop e vanguardistas, com raízes no Modernismo de 1922. Na época em que surgiu, nos festivais de música organizados pela TV Record, seus artistas – como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Os Mutantes – foram criticados por supostamente aderirem às influências do imperialismo americano, ao invés de fortalecer a cultura nacional ou escrever músicas de protesto contra o então governo ditatorial.
O Tropicalismo defendia-se alegando que as experiências estéticas da sua arte já eram, por si só, um instrumento social revolucionário.
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
11 de Agosto - Dia do Estudante

Estudante é todo aquele que se dedica a aprender e tem fome de conhecimento.
E já que você gosta de aprender coisas vamos falar um pouco da origem desse dia.
Você sabe por que ele é comemorado no dia 11 de agosto?
Porque no dia 11 de agosto de 1827, D. Pedro instituiu no Brasil
os primeiros cursos de Ciências Jurídicas e Sociais do país.
Ele fez isso para que quem quisesse estudar não precisasse mais ir para
Portugal ou Coimbra atrás de conhecimento.
Cem anos depois, Celso Gand Lev propôs uma homenagem
a todos os estudantes do país.
Desde 1927 comemora-se essa data.
Disponível em: http://www.smartkids.com.br/datas-comemorativas/11-agosto-dia-do-estudante.html
11 de Agosto - Dia da Televisão

A primeira transmissão televisiva aconteceu no dia 26 de Fevereiro de 1926.
Por isto, esta data é considerada o marco da invenção.
Graças ao escocês John Logie Baird, que apresentou um modelo mecânico de televisão
para uma audiência de cientistas na
Academia de Ciências Britânicas, em Londres, Inglaterra.
No Brasil, o invento só chegaria 24 anos depois,
mais precisamente em 18 de Setembro de 1950, quando foi
inaugurada a primeira emissora brasileira, a TV Tupi, canal 4.
Mas o dia para se comemorar a invenção desta,
que é considerada a grande revolução no mundo das comunicações,
é 11 de agosto, em homenagem à sua padroeira, Santa Clara, nascida nesse dia.
Disponível em: http://www.smartkids.com.br/datas-comemorativas/11-agosto-dia-da-televisao.html
11 de Agosto - Dia Internacional da Logosofia

A Logosofia é a ciência que explora o homem por inteiro,
aproveitando ao máximo todo seu potencial psicológico, mental e espiritual.
A Logosofia revela conhecimentos da natureza transcendental,
conduzindo o homem ao conhecimento de si mesmo,
de Deus, do universo e das leis eternas.
Seu objetivo principal é colocar o homem em contato com o metafísico.
A Logosofia abre as portas da investigação pessoal para o ser humano.
Cada um de nós é um universo particular a ser explorado.
Disponível em: http://promoview.com.br/datas-comemorativas/132953-11-dia-internacional-da-logosofia/
PALAVRA DO DIA
FÃ
Tema da Semana: ícones da música
Foi um fã dos Beatles e de John Lennon, Mark David Chapman, o autor dos 4 tiros que acertaram o cantor no dia 8 de Dezembro de 1980, levando à sua morte.
No mesmo dia, quando o falecimento de Lennon foi confirmado, uma multidão de fãs se reuniu em frente ao seu prédio em Nova York, com velas e cantando músicas de sua autoria. A morte de John Lennon causou comoção em todo o mundo.
Fã é aquele que nutre grande admiração por um artista ou figura pública.
Muitas vezes o amor de fã torna-se exagerado, podendo causar tragédias como o assassinato de John Lennon.
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
Tema da Semana: ícones da música
Foi um fã dos Beatles e de John Lennon, Mark David Chapman, o autor dos 4 tiros que acertaram o cantor no dia 8 de Dezembro de 1980, levando à sua morte.
No mesmo dia, quando o falecimento de Lennon foi confirmado, uma multidão de fãs se reuniu em frente ao seu prédio em Nova York, com velas e cantando músicas de sua autoria. A morte de John Lennon causou comoção em todo o mundo.
Fã é aquele que nutre grande admiração por um artista ou figura pública.
Muitas vezes o amor de fã torna-se exagerado, podendo causar tragédias como o assassinato de John Lennon.
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
PALAVRA DO DIA
CALHAMBEQUE
Tema da Semana: ícones da música
Roberto Carlos imortalizou o termo calhambeque ao escrever uma música com este nome. Calhambeque é um automóvel velho, em estado ruim de conservação, que frequentemente apresenta problemas em seu funcionamento. O termo também pode se referir a embarcações e outros objetos danificados, destruídos e sem uso. Na canção “O calhambeque”, ele conquista mais garotas com um carro velho do que com seu Cadillac, estabelecendo assim, uma relação afetiva com automóvel.
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
Tema da Semana: ícones da música
Roberto Carlos imortalizou o termo calhambeque ao escrever uma música com este nome. Calhambeque é um automóvel velho, em estado ruim de conservação, que frequentemente apresenta problemas em seu funcionamento. O termo também pode se referir a embarcações e outros objetos danificados, destruídos e sem uso. Na canção “O calhambeque”, ele conquista mais garotas com um carro velho do que com seu Cadillac, estabelecendo assim, uma relação afetiva com automóvel.
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
terça-feira, 9 de agosto de 2011
PALAVRA DO DIA
FOLHETIM
Tema da Semana: ícones da música
“Mas na manhã seguinte/ Não conta até vinte/ te afasta de mim/ pois já não vales nada/ És página virada/ Descartada do meu folhetim.” (Chico Buarque, Folhetim, 1985)
Chico Buarque é famoso por compor fazendo uso do 'eu' lírico feminino. Em folhetim por exemplo, ele personifica uma mulher que não se prende emocionalmente ao seu parceiro, afastando-o após ter seus desejos preenchidos. Folhetins eram narrativas de caráter melodramático, que costumavam ser publicadas pela imprensa regularmente, em capítulos. Eram muito populares no século XIX. Na música de Chico Buarque, o termo Folhetim é uma referência à vida movimentada do 'eu' lírico.
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
Tema da Semana: ícones da música
“Mas na manhã seguinte/ Não conta até vinte/ te afasta de mim/ pois já não vales nada/ És página virada/ Descartada do meu folhetim.” (Chico Buarque, Folhetim, 1985)
Chico Buarque é famoso por compor fazendo uso do 'eu' lírico feminino. Em folhetim por exemplo, ele personifica uma mulher que não se prende emocionalmente ao seu parceiro, afastando-o após ter seus desejos preenchidos. Folhetins eram narrativas de caráter melodramático, que costumavam ser publicadas pela imprensa regularmente, em capítulos. Eram muito populares no século XIX. Na música de Chico Buarque, o termo Folhetim é uma referência à vida movimentada do 'eu' lírico.
Disponível em: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=palavradodia
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
ANÁLISE DA OBRA "O OUTRO PÉ DA SEREIA"

O outro pé da sereia, de Mia Couto
O outro pé da sereia, romance de Mia Couto, jornalista, biólogo, ex-militante político e descendente de portugueses, entrelaça história e ficção, remete à tradição e, ao mesmo tempo, lança à África, e a Moçambique, em particular, um olhar absolutamente contemporâneo.
Nesta obra o autor opta por abrir mão de um discurso abertamente centrado em uma abordagem política em prol de uma retórica híbrida e sutil, permeada dos recursos estilísticos e intertextos que, embora atendendo ao gosto do leitor pós-moderno, não se priva de questionamentos acerca dos estereótipos que envolvem a África. O autor vai além de questões político-sociais contemporâneas, partindo da premissa de que é preciso que o africano reencontre suas origens, suas tradições, seus cultos, suas crenças.
Em O outro pé da sereia, não apenas o choque entre culturas é representado, mas também, e talvez primordialmente, os arquétipos sobre o homem africano. Para tanto, o autor entretece duas histórias paralelas, interligadas por uma personagem. A primeira relata como Mwadia Malunga e seu marido, Zero Madzero, encontram uma imagem de Nossa Senhora abandonada nas imediações do lugar em que vivem; significativamente denominado Antigamente. Mwadia é encarregada de ir a Vila Longe, onde vive a sua família, para providenciar um destino à imagem. Nesta história de retorno à casa natal, nos são apresentados uma série de personagens e seus dramas pessoais. A segunda é uma narrativa histórica, que, em capítulos alternados, conta como a referida imagem de Nossa Senhora chegou a Moçambique, trazida pelo jesuíta D. Gonçalo da Silveira em uma nau portuguesa em 1560.
A imagem, benzida pelo papa, era destinada ao imperador do mítico reino de Monomotapa, a fim de catequizar a região. Os acontecimentos dessa viagem, que em certa medida refletem problemas contemporâneos, envolvem, ainda, o conflito pessoal do jovem sacerdote Manuel Antunes, que será seduzido pelos ritos e ritmos africanos, e a relação de um escravo, Nsundi, com uma dama portuguesa e sua aia de origem indiana.
A guiar-nos pelo seu universo ficcional, há epígrafes que se reportam aos temas cruciais a serem desenvolvidos metaforicamente no romance, como, por exemplo, identidade, memória, permanência, pertencimento e morte, além do posicionamento do continente frente a um mundo globalizado.
No romance, o autor entrelaça diferentes imagens do “outro”, ao relatar, ficcionalmente, a viagem empreendida pelos padres jesuítas. A nau transporta não apenas portugueses, mas escravos africanos e, até mesmo, uma indiana a serviço de uma dama portuguesa, D. Filipa.
Durante a viagem há diversas instâncias em que o choque cultural se manifesta. Boa parte delas gira em torno da imagem da santa, que Nimi Nsundi, o escravo encarregado de guardar a pólvora e gerir os fogareiros, associa de imediato à Kianda.
As águas têm significado especial nas manifestações culturais africanas por remeterem aos mitos de fundação que regem as múltiplas formas de vida. Tal como na cultura cristã, elas fazem parte de um mundo primordial, do qual os seres humanos e o universo descendem. Em Uso e Costumes dos Bantus, Junod (1975, 285-286), antropólogo suíço que em 1895 dirigiu missão de pesquisa em Moçambique, identificou diversas lendas e costumes, dentre eles um princípio feminino da água que justifica sua natureza germinante e, por isso, procriativa.
Em quimbundo, as sereias são chamadas de “ianda”, no singular “kianda”. Ao ver a imagem da santa tombar no lodo, durante o carregamento da nau, o escravo se atira às águas, evitando que fosse tragada. Mais tarde, ao ver D. Gonçalo da Silveira limpando os pés da santa, diz que ela não havia escorregado; que ela queria ficar ali, no pântano. A devoção do escravo à Santa comove o missionário, incapaz de compreender a quem Nsundi realmente cultuava.
Assim como o escravo, Padre Antunes, que acompanha D. Gonçalo em sua missão, experimenta um contato com a santa que é inconcebível segundo a visão cristã. Sonha com uma mulher despedindo-se dele na berna do rio Mandovi. Ela começa a desvencilhar-se de suas roupas, dizendo-lhe que é deste modo que ele há de lembrar-se dela. Angustiado, o padre acorda e, ao dormir novamente, torna a sonhar com a mulher, que lhe diz para tocá-la, pois ela o fará renascer. No sonho, ele afunda, para ser devolvido à tona pela estranha mulher, que, finalmente, se apresenta como Kianda, embora ainda personificando Nossa Senhora. O sonho é o início de uma crise religiosa e identitária.
Padre Antunes decidira ser padre por conta de um amor proibido e abdica da batina por perceber-se um homem diferente, após o contato com os africanos e a paixão súbita pela indiana Dia, também passageira da nau Nossa Senhora da Ajuda. Os indícios dessa mudança espalham-se pelo romance antes de sua enunciação final, como comprova esta passagem:
“Foi então que reparou que estava com as mãos sujas de tinta. Com as mãos negras, ele reentrou no camarote. E com as mãos negras ele se abandonou no rio do sonho” (p.62).
A viagem conduz o padre para longe de sua fé, na medida em que, ao testemunhar as atrocidades impostas aos escravos e os desmandos da igreja católica em Goa, ele começa a duvidar dos preceitos do cristianismo:
A mais cruel das memórias de Manuel Antunes era de um escravo, que, desesperado de fome, cortou a língua e a comeu. Mais do que uma recordação era um símbolo da condição da gente negra: exilada do passado, impedida de falar senão na língua dos outros, obrigada a escolher entre a sobrevivência imediata e a morte anunciada. (p.260)
A visão de um porão abarrotado de cargas, a riqueza destinada aos comerciantes, ocupando o espaço da água destinada aos escravos que ali estavam confinados e a certeza de que estes, em sua maioria, não chegariam ao destino, mortos de sede e fome, fazem com que Antunes confronte D. Gonçalo, perguntando:
“Como iremos governar de modo cristão continentes inteiros se nem neste pequeno barco mandam as regras de Cristo? (p.160)
São as obviedades de um cristianismo parcial que fazem com que Padre Antunes perceba que se está convertendo em um negro:
Até 4 de janeiro, data do embarque em Goa, ele era branco, filho e neto de portugueses. No dia 5 de janeiro, começara a ficar negro. Depois de apagar um pequeno incêndio em seu camarote, contemplou as suas mãos obscurecendo. Mas agora era a pele inteira que lhe escurecia, os seus cabelos se encrespavam. Não lhe restava dúvida: ele se convertia num negro.
- Estou transitando de raça, D. Gonçalo. E o pior é que estou gostando mais dessa travessia do que de toda a restante viagem. (p.164)
A fala de Antunes ecoa uma outra fala, a do escravo do qual recebe posteriormente o nome, Nsundi. Ao perceber que a imagem da santa abrigava uma Kianda, o escravo ficara obcecado pela idéia de libertá-la, serrando um dos pés da imagem. Por esse ato, fora aprisionado no porão e ameaçado de morte. Após um momento de transe, enquanto tocava a mbira, o escravo se atira ao mar. Quem se dá conta do fato é Dia, a indiana, aia de D. Filipa, tão subalterna e excluída quanto ele; com quem fizera amor nas águas, por ser ela dona de um corpo que se incandescia ao contato sexual. Naqueles dias, Dia o havia acusado de ter se submetido não apenas à fé, mas ao modus vivendi dos cristãos. Após a morte do escravo, ela encontra uma mensagem que ele lhe deixou. Nessa carta, dentre outras coisas, ele afirma:
“A verdadeira viagem é a que fazemos dentro de nós” (p.207)
A travessia de Nsundi é de libertação:
Eu lhe mostrei na noite em que fizemos amor: na popa da nossa nau está esculpida uma outra Nossa Senhora. Deixo essa para os brancos. A minha Kianda, essa é que não pode ficar assim, amarrada aos próprios pés, tão fora do seu mundo, tão longe de sua gente. A viagem está quase terminada. Daqui a dias chegaremos a Moçambique, os barcos tombarão na praia como baleias mortas. Não tenho mais tempo. Vão-me acusar dos mais terríveis crimes.Mas o que eu fiz foi apenas libertar a deusa, afeiçoar o corpo dela à sua forma original. O meu pecado, aquele que me fará morrer, foi retirar o pé que desfigurava a Kianda (...) Agora não tenho mais medo de morrer nem de ficar morto. Foi você quem me ensinou: a melhor maneira de não morrer queimado é viver dentro do fogo (p.208).
Nsundi referia-se ao fato de que após a morte do marido, Dia cumprira o ritual que dela se esperava, atirar-se ao fogo. Mas, para espanto de todos os presentes, as labaredas não a consumiram e, incólume, ela atravessara o fogo, sendo, a partir desse dia, excluída do convívio com as pessoas da aldeia, que acreditavam que ela estava possuída por espíritos. Da exclusão à escravatura fora um salto rápido, no qual ela “nem notou a diferença”, pois “no mundo a que pertencia, ser esposa é um outro modo de ser escrava (p.108).
A idéia de libertação perpassa o romance e está simbolicamente inscrita até mesmo na passagem em que o elefante, que tanto impressionara D. Filipa, é atirado ao mar, para aliviar a carga:
Como se tudo isso não bastasse, o mestre ordenou que se deitasse ao mar o elefante enjaulado. Os grumetes, de imediato, empurraram a jaula e a custo de muitos braços a fizeram transpor a amurada. A gaiola de ferro tombou com estrondo sobre as vagas, mas não se afundou logo, como era de se esperar. Ficou vogando entre as altas ondas, em vez de se alarmar, o elefante parecia rejubilar em se ver mergulhado nas águas. Quando, por fim, a grade se afundou, o bicho exibia ainda tal felicidade que era difícil sentir compaixão pelo seu destino. (p.159)
A primeira mensagem de Nsundi a Dia rechaça as acusações que ela lhe faz, condenando-o por ter se convertido aos deuses dos brancos, por ser-lhes submisso:
Não, minha amiga Dia, eu não traí as minhas crenças. Nem, como você diz, virei as costas à minha religião. A verdade é esta: os meus deuses não me pedem nenhuma religião. Pedem que eu esteja com eles. E depois de morrer que seja um deles. Os portugueses dizem que não temos alma. Temos, eles é que não vêem (...) é essa a razão por que D. Gonçalo quer embranquecer a minha alma. Não é a nossa raça que os atrapalha: é a cor da nossa alma que eles não conseguem enxergar. (...) Critica-me por que aceitei lavar-me dos meus pecados. Os portugueses chama isso de baptismo. Eu chamo de outra maneira. Eu digo que estou entrando na casa de Kianda (...) De todas as vezes que rezei não foi por devoção. Foi para lembrar. Porque só rezando me chegavam as lembranças de quem fui. (p.113)
A identidade, o sentido de pertencimento, a autoconsciência chega até ele de modo inverso. É graças aos rituais e padrões da fé que lhe é imposta que ele aprende o que não é, e percebe a verdadeira dimensão do que fora um dia.
A incongruência do discurso cristão é reforçada na conversa entre D. Gonçalo e Dia, quando aquele se surpreende ao vê-la calçar o morto:
- Gostavas muito desse homem?
- Ele era meu...ele era meu irmão.
- Irmão? Muito estranho. Não seria, vá lá, um meio-irmão?
- Para nós não existem meios-irmãos, senhor padre. Irmão é sempre inteiro.(p.205)
Ao desembarcarem em Moçambique e mediante as histórias que ouviram sobre a crueldade dos habitantes do Monopotapa, as reflexões do médico Fernandes, natural de Goa, e do Padre Antunes despertam em D.Gonçalo o firme propósito de enviá-los para serem julgados pela Santa Inquisição. O primeiro ousara afirmar que “quando se inventam assim maldades sobre um povo, é para abençoar as maldades que se vão praticar sobre eles”; o segundo os compara aos próprios portugueses.
D. Gonçalo começa a defrontar-se com a devassidão moral que reina na ilha:
Toda a sua vida imaginara que os demónios moravam no outro lado do mundo: em outra raça, em outra geografia. Durante anos ele se preparara para levar a palavra redentora a essa gente tão diversa. Nos últimos dias Silveira confirmara que o Diabo fazia ninho entre os seus, os da sua origem, raça e condição.(p.255)
O padre vem a descobrir algo ainda mais surpreendente: que lá havia negros que viviam da captura e venda de escravos:
O padre sorriu, incrédulo: escravos? Xilundo explicou-se: ele era escravo, mas a sua família era proprietária de escravos. Viviam disso: da captura e venda de escravos. O pai enviara-o para Goa, na condição de servo, como punição de graves desobediências. O projecto do pai era simples: preparar o filho para herdar o negócio da venda de pessoas. No processo de ser escravo ele aprenderia a escravizar os outros. (p.258)
Os registros encontrados no arquivo de Zimbabwe atestam que D. Gonçalo esteve por sete semanas na corte de Nogomo, período em que batizou o próprio imperador, sua mãe e outros membros da corte, até que comerciantes árabes, receosos da intervenção do padre em seus negócios, convenceram Nogomo de que o jesuíta era um espião e que o ato de batismo não passava de um encantamento malévolo, o que determinou a sua morte, por estrangulamento, em 16 de março de 1561.
O contexto da viagem, eixo temático deste romance, e, principalmente, do intertexto histórico, equivale às viagens interiores das personagens em busca de si mesmas, transcendendo o relato que busca explicar o reaparecimento da imagem em 2002, e remetendo a muitas outras viagens no outro plano da história.
A tessitura ficcional e a figuração da África contemporânea
No plano do mundo contemporâneo, a história é tecida a partir do relato do aparecimento da imagem e da viagem empreendida por Mwadia Malunga, no intuito de encontrar um local para abrigar a santa. O relato entrelaça dois espaços físicos, Antigamente e Vila Longe, que têm papel preponderante no romance.
Desde o primeiro capítulo, a relação entre Mwadia e Zero delineia-se atípica aos olhos do leitor. Ela vive com um homem silencioso, que dizia estar “a esquecer-se” (p.14). Num certo dia, Zero encontra algo que ele descreve como uma estrela que havia caído do céu e, inclusive, queimara-lhe as mãos ao enterrá-la em seu quintal. A suposta estrela nada mais é que uma aeronave em missão de reconhecimento e espionagem que caíra, que, aos olhos do pastor de animais, assumira a forma daquilo que mais se assemelhava à bola de fogo em que se tornara.
Após uma conversa com a mulher, ambos decidem desenterrar a estrela e levá-la para ser enterrada junto ao rio, no lugar do bosque sagrado. Mwadia sabe aquilo não é uma estrela, mas os restos de uma “desembarcação”. No entanto, não deseja desmentir o marido. Naquela noite, Zero sonha que suas mãos se juntavam como duas chamas numa única fogueira, que, em lugar dos dedos, lhe doíam dez pequenas labaredas, até que mãos feitas de água se aproximaram das dele, aplacando a sua dor. Como sonâmbulo, ele repete as palavras da mulher que lhe aparece no sonho.
Essa passagem se reporta a outra de valor idêntico no outro plano da história: à carta de Nsundi, ao relatar a Dia a experiência de rezar:
Acontecia-me a mim o inverso do que lhe sucedeu a si, Dia Kumari. As minhas mãos se juntavam e pegavam fogo. Em lugar de dedos me ardiam dez pequenas labaredas. Era então que outras mãos, feitas de água, se aconchegavam nas minhas e aplacavam aquela fogueira. Essas mãos eram da Santa. E ela me segredava: - Este é o tempo da água. Era a voz da Santa que me percorria por dentro. A voz tomava posse de mim. E agora que lhe escrevi a carta, vejo que esta letra não me pertence, é letra de mulher. Meus pulsos delgados se recolhem ao peso de um cansaço de séculos. Meus dedos não têm gesto, meus dedos são o próprio gesto. Eu sou a Santa. (p.114)
O tempo da água remete a temas e imagens recorrentes na obra de Mia Couto. Ao rio, às margens que estabelecem uma fronteira entre o real e o irreal, ao espaço de Mwadia, que quer dizer “canoa” em si-nhungwé.
Muito embora Mwadia não fosse apegada às crendices, respeitou o desejo do marido de consultar o adivinho Lázaro Vivo, em busca de permissão para penetrar no local onde a estrela será enterrada. A mulher se surpreende ao deparar-se com a “nova versão” do nyanga, que já não portava mais as longas tranças de antes, nem as costumeiras roupas pretas. Ao invés disso, encontra um homem de cabelo curto e penteado de risca, usando uma blusa esportiva, e portando um celular. Lázaro vinha de Vila Longe, onde fora buscar uma tabuleta para pôr na porta de seu “estabelecimento”.
O modo com que Mia configura a personagem é uma visão irônica da prontidão em que a África se atira em direção à idéia de globalização:
- Eu já estou no futuro. Quando chegar aqui a rede, já posso ser contactado para serviços internacionais. Entendem, meus amigos? (p.24).
Em uma entrevista concedida a Celina Martins (2002), Mia Couto expôs a sua visão sobre o choque de culturas em África:
Esse encontro de culturas é sempre, em princípio, traumático, porque não se trata de um encontro, é uma incursão abusiva. O que chega a estas culturas africanas não são as culturas européias. São emanações, representações simbólicas por via da tecnologia. Mantemos ainda a imagem dos primeiros encontros dos descobridores europeus que trocavam umas bugigangas que reluziam diante dos olhos dos africanos. Estamos mais ou menos repetindo esse modelo de relação. Não existe globalização, o que existe é exportação e imposição de sinais, nem sequer são modelos, o modelo fica junto do produtor, os africanos consomem passivamente aqueles sinais mais brilhantes e apelativos.
Nesse sentido, Lázaro personifica, no mundo contemporâneo, e no âmbito do consumo, a repetição de uma relação de dominação que se oculta sob a égide da globalização. É um homem dividido entre as suas crenças e os possíveis benefícios da tecnologia e da modernidade. O romance deixa entrever, no entanto, que seus poderes são reais. É através de Lázaro que o romance introduz pela primeira vez os rumores acerca da morte de Zero.
Após enterrar “a estrela”, Zero descobre a estátua da Virgem, bem como os pertences de Gonçalo da Silveira, que com ela estavam enterrados, e reconhece nela a mulher do sonho. Ao levarem o achado até o adivinho, Mwadia percebe que Zero está sangrando. Para o adivinho, Zero tinha despertado a alma do morto, pois uma pessoa assassinada não descansa como os mortos naturais; vira um gnozi. Dada a impossibilidade, até então não explicada, de Zero voltar a Vila Longe, fica decidido que Mwadia há de fazê-lo.
Ante as muitas dúvidas de Mwadia, Lázaro afirma que ela ficara muito tempo no seminário e acabara por perder o espírito das coisas de seu povo, distanciando-se da imagem de uma africana. Ao que ela responde que há muitos modos de ser africana, perguntando-lhe se ele sabe quem eles são. Nesse ponto, a questão da identidade é retomada, passando a entrelaçar-se com o tema da viagem, resgatando, por sua vez, outros itinerários que se dão no curso de rios reais e ficcionais.
Vila Longe se revela como a Macondo de Gabriel García Márquez, elevando a realidade à categoria onírica, sintetizando os mais diversos elementos: a história, a natureza, os problemas sociais e políticos, a vida quotidiana, a morte, o amor, as forças sobrenaturais, o humor e o lirismo.
Conforme afirma o narrador, “a viagem não começa quando se percorrem distâncias, mas quando se atravessa as nossas fronteiras interiores” (p.65). A métafora mais importante do romance é o rio, a evocação implícita da sua terceira margem. A caminho, Mwadia reflete sobre a própria vida:
Mas a vida de Mwadia fez-se de contra-sensos: ela era do mato e nascera em casa de comento; era preta e tinha um padrasto indiano; era bela e casara com um marido tonto; era mulher e secava sem descendência (p.69).
Em Vila Longe, ela se reencontra com o seu passado, com a mãe que sempre se lamentara de sua partida; com o padrasto que vivia em “trânsito nominal” por acreditar que, ao trocar de nome anualmente, acabaria por viver mais; com as crendices de seu povo e com a novidade da chegada de um casal de americanos, que, pretensamente, viria estudar antigas histórias de escravos.
As relações atribuladas com Constança, sua mãe, que atribui à sua partida a sua crescente abundância de carnes, entabulam uma reaproximação dolorosa, permeada de descobertas, como a morte de Tia Luzmina, irmã de seu padrasto.
Em suas deambulações pela cidade, à cata de suas memórias, Mwadia percebe situações anormais: cães assustados à sua passagem; pessoas cujo reflexo ela é incapaz de ver no espelho; a sensação de irrealidade ao contemplar o padrasto que a esperava do lado de fora da alfaiataria; a sua surpresa ao ouvir o chefe da estação afirmar que ela estivera ali na semana anterior, quando partira há tantos anos.
A chegada dos americanos – na realidade, afro-americanos – traz ao romance um tom de comicidade, uma vez que Mia Couto retrata com extrema ironia a ansiedade do povo em inventar uma África ao gosto do estrangeiro. A comunidade reúne-se para forjar uma memória sobre a escravidão, já relegada ao esquecimento pelas contradições que traz em sua própria constituição, como a captura e venda de escravos, realizadas pelos próprios negros, os vangunis.
A estada dos americanos passa a ser a grande oportunidade de fonte de renda para uma cidade desolada e entregue ao passado. Nas discussões que se sucedem, Mia deixa entrever algumas questões que lhe parecem cruciais, como, por exemplo, um desfraldar de bandeiras apoiado na questão da negritude, na busca de uma África mítica, que, de certa forma, ignora a realidade da Moçambique contemporânea, fruto de uma intensa miscigenação. O desejo patético do afro-americano que quer ser africano é ironizado no diálogo a seguir:
– O que se passa, mano, uma tontura?
– Eu só queria beijar a nossa mãe...
– Qual mãe?
– Queria beijar o chão de África...
– Ora o chão, pois o chão de África, mas veja, meu brada, o melhor chão para ser beijado é noutro local que lhe vou indicar, este chão, aqui, é melhor não...(p.138)
A relação que o americano Benjamin estabelece com a África é construída através do conceito intermediário de raça; conceito este que ele adquiriu de uma matriz cultural euro-americana. Em conseqüência, suas respostas às questões da identidade africana encontram-se enraizadas na visão arquetípica e romântica que foi o ponto de partida para os africanos que assumiram a bandeira de uma nacionalidade negra pan-africana.
Ao satirizá-lo, Mia Couto tenta encontrar o espaço de construção de uma identidade moçambicana. Conforme afirma Appiah (1997, 115), a relação dos escritores africanos com o passado da África é uma trama de ambigüidades delicadas, “se eles aprenderam a não o desprezar nem ignorá-lo; ainda estão por aprender a assimilá-lo e a transcendê-lo”.
Mia não deixa incólume a ação internacional em prol dos povos africanos. No romance, os afro-americanos sobrevivem por meio de contas superfaturadas para ONGS, como a Save Africa Fund, uma associação religiosa afro-americana, responsável pela verba que o casal trazia:
Espalhou gorjetas pelos funcionários, polícias, lavadores de viaturas e carregadores de malas. Cada desembolso era cuidadosamente anotado numa pequena agenda em cuja capa se grafava a letra de imprensa: “Project budget”.(p.139)
A percepção aguda de Mwadia lhe faz pensar que “diversas viagens se cruzavam, a um só tempo, naquela casa”: “os americanos atravessavam os séculos e os mares onde se esbatera a sua identidade” e “ela viajava no território em que o tempo nega a converter-se em memória” (p.145). Porém o esquecimento era uma condição necessária: “O tempo existe para apagar o tempo”. (p.136)
Em entrevistas concedidas recentemente, durante sua passagem pelo Brasil, Mia Couto disse pretender ironizar e questionar alguns arquétipos sobre o homem africano, principalmente a idéia de pureza ou autenticidade, bem como os lugares-comuns em sua representação: as crendices, a feitiçaria e a sexualidade; como nos mostra o exemplo a seguir:
– Agora que estou no fim da minha vida, posso confessar: as vezes em que eu fiz amor com maior paixão foi com mulheres.
– A mãe fez amor com mulheres?
Mwadia estava aterrada. Uma mãe não fala de assuntos destes. Muito menos confessa algo tão íntimo, tão chocante.
– Você tem que saber isto, minha filha.
– Fomos ensinadas a esperar pelos homens. Mas essa espera demora mais que uma vida. Ninguém espera tanto assim.
– Estou espantada, admitiu a brasileira.
– É o que lhe digo: os homens daqui são péssimos amantes.
– Não é isso que consta lá no Brasil.
– Isso é porque não pedem a opinião das mulheres. (p.178)
A questão da feitiçaria é tematizada em sua relação com as transformações sociais, uma vez que, graças a questões econômicas, perde a sua característica religiosa e passa a fazer parte de uma pantomima comercial. Mwadia é convocada a encenar transes, visitas de espíritos, para impressionar os americanos. Para torná-los convincentes, de dia lê os velhos documentos de D. Gonçalo, encontrados com a santa; à noite vai ao quarto dos americanos e lê os papéis do casal, além de visitar a biblioteca que o padrasto havia herdado. O efeito da encenação é imediato:
“Como Casuarino previra, os americanos ficaram fascinados com a sessão de transe (...) Eis África autêntica, repetiam, deleitados” (p.236).
Mas ao envolver-se no engodo, Mwadia faz uma importante descoberta. “Agora ela sabia: um livro é uma canoa. Esse era o barco que lhe faltava em Antigamente. Tivesse livros e ela faria a travessia para o outro lado do mundo, para o outro lado de si mesma” (p.238). Dali por diante, Mwadia e sua mãe passam a fazer visitas prolongadas ao sótão, onde sessões de leitura devolvem à Constança a sensação de vida.
Em seus transes fictícios, Mwadia traz à baila questões que desafiam a busca do americano pelas próprias raízes e aprofundam tematicamente a miscigenação, que, pra Mia Couto, está no âmago das discussões sobre a identidade do moçambicano:
De olhos fechados, esticou o braço na direcção do afro-americano e clamou;
– O senhor, Benjamin Southman, é um mulato.
– Mulato, eu?
O ar ofendido de Benjamin suscitou a intervenção de Casuarino. Ora, ele não se magoasse. E acrescentou: Afinal, desde Caim somos todos mulatos. O empresário elaborava com eloqüência: havia a globalização. Ao fim ao cabo, vivíamos a era da mulatização global. E, isso, poucos entendiam. Em terra de cegos quem tem um olho vê menos do que os que nada enxergam. (p.267)
Ao ficar sabendo, em mais um transe de Mwadia, que sua ancestral era a indiana Dia e não uma africana genuína, Benjamin fica transtornado e é levado à casa do adivinho Lázaro, já devidamente prevenido por Casuarino de que devia se desvencilhar de todos os seus artefatos tecnológicos, assumindo uma aparência primitiva: “Tudo selvagem, nada de modernices” (p.270).
Apesar dos pequenos deslizes do adivinho, que, esquecido de seu papel, dirige-se ao americano em inglês, inquirindo sobre os dólares, este parece impressionar-se com a idéia de ser batizado e ter um novo nome, um nome africano. No dia seguinte, batismo marcado, o americano desaparece, deixando alguns dólares em troca de seu novo nome: Dere Makanderi.
A fuga do americano precipita uma série de acontecimentos e revelações. Rosie acaba por revelar que ela e o americano não são casados, que a busca do historiador americano por suas origens era verdadeira, mas que, na realidade, não passavam de uns trambiqueiros, que viviam de cambalachos. Mas essas não são as únicas revelações a serem feitas.
As palavras do barbeiro, o único a se recusar em participar das encenações para os americanos, pontilham todo o romance, como ditados oriundos de uma sabedoria primitiva. Este é um procedimento comum a outros romances do autor, assim como o itálico para discriminar a fala das personagens, o uso dessas falas como epígrafes dos capítulos, a dimensão sagrada da casa, da terra, do rio, do tempo. Neste romance em particular, a voz narrativa adere ao mesmo discurso mágico das personagens, criando sentenças que se assemelham a ditados milenares.
É o barbeiro quem afirma que é necessário “esquecer para ter passado, mentir para ter destino” (p.64). No momento em que se dá conta de que não há como fugir do passado, de que a história se repete, ele aconselha a Mwadia a afastar-se de Vila Longe, perguntando-lhe se nunca ouvira falar de terras que foram erradicadas, que deixaram de constar. Aos poucos, as peças do imenso quebra-cabeça começam a se encaixar.
Por meio de Matambira, ela descobre que a razão de sua mãe ter engordado tanto não fora o desgosto com a sua partida, mas as repetidas surras que levava de Jesustino, o padrasto. Ao inquirir a mãe acerca da revelação, outras mais surgem: seu marido Zero estava realmente morto, conforme várias personagens sugerem ao longo do romance; o padrasto o havia assassinado a facadas, por ciúmes de Mwadia. O romance sugere vagamente o fato de que ela havia sofrido abuso sexual por parte do padrasto, que já tivera uma relação incestuosa com a própria irmã.
Pouco a pouco, Mwadia vai sendo confrontada com o passado que buscara esquecer. Constança determina a ação necessária à libertação de Mwadia: colocar a foto de Zero na parede dos ausentes; aceitar a sua morte.
A viagem de regresso equivale ao retorno aos labirintos da alma, pois, conforme lembra o narrador, “a viagem termina quando encerramos as nossas fronteiras interiores. Regressamos a nós, não a um lugar” (p 329).
Colocando a imagem da santa junto ao tronco de embondeiro, ela segue viagem pelo rio. O rio dos seus medos e dos seus sonhos, o rio que leva ao passado, mas também ao destino. À sua chegada, aguarda-lhe o marido morto, e fica-lhe a certeza de que Vila Longe e seus habitantes há muito haviam deixado de existir:
Como aceitar que Vila Longe já não tinha gente, que a maioria morreu e os restantes se foram? Como aceitar que a guerra, a doença, a afome tudo se havia ravado com garras de abutre sobre a pequena povoação? Vila Longe cansara-se de ser mapa. Restavam-lhe as linhas ténues da memória, com demasiadas campas e nenhuns viventes. (p.330)
À noite, ao olhar para o céu é como se este se transformasse na parede dos ausentes em Vila Longe. Nela surgem todos os rostos, seu padrasto suicida, a tia Luzmina, Zeca Matambira, todos. Até mesmo seu verdadeiro pai, que passara a vida como homem e morrera como mulher. Sua mão ergue-se para ajustar à parede um último retrato, a foto do último ausente: Zero, que no leito dormia, sonhando e balbuciando que havia acabado de enterrar uma estrela. Seu último rumo é o rio. O rio do qual era canoa, ao qual se entregaria em definitivo.
Ao longo do romance, percebe-se claramente a imbricação entre o real e o imaginário, entre o fantástico e a realidade, que, segundo o próprio autor, é algo completamente presente na realidade moçambicana, que é regida segundo uma outra ordem de racionalidade.
Ao criar um mundo ficcional em que só o impossível é natural, Mia Couto revisita suas raízes, provando que a palavra é o lugar da construção da identidade, pois é onde a memória é preservada. Ao invés de dar três voltas à volta da “árvore do esquecimento”, como as personagens do romance, o autor opta por outro tipo de questionamento: compete ao homem decidir o que deve ou não ser lembrado.
O outro pé da sereia é, afinal, o que propõe ser a partir do contexto histórico que lhe serve de base: um livro de viagens. Viagens entrecruzadas, nas quais a questão da identidade não é ponto de partida ou de chegada; é o caminho.
Disponível em: http:// www.passeiweb.com/na_ponta.../o_outro_pe_da_sereia
ANÁLISE DA OBRA "CIDADE DE DEUS"

Cidade de Deus, de Paulo Lins
Análise da obra
Neste seu romance de estréia, Paulo Lins faz um painel das transformações sociais pelas quais passou o conjunto habitacional Cidade de Deus: da pequena criminalidade dos anos 60 à situação de violência generalizada e de domínio do tráfico de drogas dos anos 90. Para redefinir a situação do lugar onde cresceu, Lins usa o termo "neofavela", em oposição à favela antiga, aquela das rodas de samba e da malandragem romântica.
O livro se baseia em fatos reais. Grande parte do material utilizado para escrevê-lo foi coletado durante os oito anos (entre 1986 e 1993) em que o autor trabalhou como assessor de pesquisas antropológicas sobre a criminalidade e as classes populares do Rio de Janeiro.
Cidade de Deus é um romance que traz fortes traços culturais de um povo predominantemente negro, cultuador da Umbanda e do Candomblé, devoto de São Jorge, amante do carnaval e dos ritmos brasileiros como o samba de partido alto, hoje mais conhecido como pagode; tradicionalmente freqüentador de clubes e bares, da praia do final de semana, da culinária associada às comidas fortes e ao consumismo popular por influência da mídia.
Foco narrativo
Escrito em terceira pessoa, Cidade de Deus é extensa narrativa que pode ser analisada como romance naturalista, quando descreve o modo de vida de seus personagens. A infância dos bandidos, nas brincadeiras de pipa, pião, futebol, nos banhos de rio e no contato com a natureza, marca esse naturalismo e depois, na maturidade do crime como única forma de sobrevivência, é a violência que comanda os destino, imperando a lei do mais forte, como se todos fossem animais vivendo numa selva urbanizada e primitivamente civilizada. A animalização está presente no modo de agir dos bandidos: o consumo de drogas, o tipo de alimentação, o prazer do sexo, a organização de suas casas e a forma naturalmente cruel como se matavam uns aos outros.
Linguagem
Outro caráter que podemos sentir em todo o livro é o realismo. O autor parte de fatos reais para estruturar o romance a adapta sua linguagem através de minuciosa pesquisa lingüística (diálogos, termos, gírias, palavrões) que permite, juntamente com a realidade dos fatos, apresentar ao leitor uma trama independente de qualquer sentimentalismo que possa amenizar a crueza imutável dos acontecimentos.
Muito definido também é o caráter expressionista. O exagero e a insistência da narrativa em descrever pormenores e detalhes dos crimes é característica que Paulo Lins mantém durante todo o livro e que destaca a forma grotesca pela qual o autor valoriza a violência e o suspense em cada gesto dos personagens.
Ainda podemos destacar o caráter de transformação que, ajudado pelo desenrolar dos fatos através de um longo período de tempo, marca a mudança de todos os componentes da trama. O conjunto habitacional transforma-se em favela, as crianças se transformam em bandidos, a polícia se corrompe, a natureza é poluída, os valores sociais se modificam etc.
Estrutura
Uma mescla de estilos é que mantém a estrutura do romance em constante tensão. A realidade se contrapõe à ficção, a natureza à urbanização, a civilização organizada à anarquia, a ambição do poder à simplicidade da vida e o progresso à decadência.
Tecnicamente o romance divide-se em três partes (capítulos). A narrativa tem estilo cinematográfico, em que o detalhamento das cenas é a maior característica. Há constante fragmentação que interrompe os casos narrados e também insere descrição dos personagens que entram na trama. Mesmo assim o romance segue uma cronologia linear em relação ao tempo real dos acontecimentos, com exceção de alguns flashbacks.
A primeira parte, A História de Cabeleira, narra a ocupação da Cidade Deus e a formação das quadrilhas. A ambição é individual, a relação com as drogas é mais no sentido do próprio consumo, e o que move a criminalidade dos bandidos é a vontade de fazer um grande assalto e viver o resto da vida nos moldes ideais dos burgueses. A participação da polícia é efetiva, que de forma violenta e implacável procura eliminar os criminosos. Destaca-se ainda o amor e o casamento. A segunda parte, A História de Bené, tem seu maior enfoque na busca do comando da favela por meio do tráfico de drogas e na nova geração de criminosos que dão proteção à comunidade. Também se destaca a ascensão dos cocotas como uma tribo social de características marcantes, a corrupção do sistema carcerário e a maneira de viver dos homossexuais. A terceira e última parte, A História de Zé Pequeno, traz a guerra propriamente dita e a seqüência interminável de sucessores no comando do tráfico. Emerge a figura do justiceiro implacável, Manoel Galinha, que, no entanto, não modifica o destino da marginalidade.
Personagens
Cidade de Deus envolve grande número de personagens. Os protagonistas se sucedem de acordo com o sucessivo e interminável número de mortes. Diante dessa característica, toda a trama é protagonizada principalmente pela própria Cidade de Deus. Por isso destacaremos somente os três principais, até porque o perfil descritivo da maioria dos protagonista se assemelha com o deles:
Cabeleira: Era negro de família humilde. Seu pai era alcoólatra e a mãe, prostituta. Elegante no andar, bom porte físico, bem sucedido com as garotas, habilidoso capoeirista, Cabeleira representa o anti-herói, surreal e lírico. Não estupra, respeita a comunidade e a rapaziada do conceito. É com ele que começa a respeitar os limites da favela para se assaltar. Cabeleira, no entanto, é cruel e maldoso com seus inimigos, mata sem piedade e sempre se vê protegido por seus exus e pombagiras.
Bené: É cria da Cidade de Deus. Sua crueldade fizera com que herdasse, junto com Zé Pequeno, todo o poder do tráfico na favela. Admira os cocotas e, depois que se enturma com eles, passa a se vestir só com roupas de grifes famosas e tatua um enorme dragão no braço. É negro, baixinho e gordinho. Não é feliz no amor e sonha em ganhar muito dinheiro para fundar uma comunidade alternativa.
Zé Pequeno: Também negro baixinho e gordinho, é o mais feio dos bandidos. Sua crueldade é a mais temível de toda a narrativa. Sonha em ser dono da Cidade de Deus e para isso não poupa ninguém. Constantemente coloca seus amigos uns contra os outros. A risada fina, estridente e rápida, acompanha suas ações de crueldade e é sua marca registrada. Totalmente infeliz no amor, estupra a namorada de Manoel Galinha, fato que gera a guerra na favela. Representa o poder do submundo do crime. É o que mais enriquece com o tráfico e que comanda a favela por mais tempo, inclusive de dentro da prisão. Seu fim finaliza o romance mas não finaliza a história da Cidade de Deus.
Enredo
Cidade de Deus é uma história de guerra. Não só a guerra na favela, mas uma constante disputa por poder, ascensão social e dinheiro. O romance toma variadas direções e tendências estéticas, ora explícitas na narrativa, ora simplesmente sugeridas no desencadear dos fatos. É o fruto de exaustiva pesquisa na qual Paulo Lins protagoniza uma favela como metáfora da sociedade carioca e da sociedade brasileira.
É importante destacar a relação dos moradores de Cidade de Deus com a morte. A importância de um bandido, por serem eles que faziam as leis de proteção à comunidade, era medida pelo número de pessoas que iam ao seu enterro ou pelo silêncio diante de alguma vítima de sua crueldade. Era o respeito a essas regras que fazia com que houvesse a paz.
A História de Cabeleira
Inicia-se o livro com Busca-Pé e Barbantino se drogando e a narrativa descrevendo as características físicas e particulares do empreendimento imobiliário que foi cedido para famílias de desabrigados e sem-teto que passavam necessidade no Rio de Janeiro. "Por dia, durante uma semana, chegavam de trinta a cinqüenta mudanças, do pessoal que trazia no rosto e nos móveis as marcas das enchentes.(...) Em seguida, moradores de várias favelas e da Baixada Fluminense chegavam para habitar o novo bairro (...) Do outro lado do braço esquerdo do rio, construíram apês..."
Entre os casos que se sucedem, intercala-se a descrição de Cabeleira, Marreco, Alicate, Salgueirinho, Pelé e Pará. Esses protagonizam a seqüência de crimes e assaltos e a disputa por melhores roubos e assaltos sempre a espera "da boa" que lhes possibilitará mudar de vida. Na divisão de poderes, Lá em Cima: Cabeleira, Marreco e Alicate e Lá em Baixo: Salgueirinho, Pelé e Pará.
A perseguição da Polícia aos bandidos é protagonizada pelo PM Cabeção e pelo detetive Touro. Astutos, conheciam o conjunto habitacional e eram tão cruéis quanto os bandidos; além de os conhecerem bem, sempre estavam na espreita dos marginais, andando fortemente armados e decididos a prender ou executar os inimigos.
Cabeleira tem uma queda por Cleide, mulher de Alicate, mas depois de conhecer Berenice, apaixona-se pela cabrocha e passa a viver com ela. Lúcia Maracanã é parceira nas fugas e sempre recebe os marginais com carinho e dedicação. Bá é dona de uma boca de fumo e, sempre protegida, abastece os bandidos de droga.
Os roubos que começam na Cidade de Deus, aos caminhões de gás, extrapolam os limites. Cabeleira era sempre decidido a roubar e nunca ficava sem dinheiro, e sempre "na ânsia de rebentar a boca".
Entram na trama Dadinho, Cabelinho Calmo, Bené e Sandro Cenourinha, ainda crianças, na iniciação da vida do crime já liderando seus bandos. Enquanto isso, Cabeleira se impõe, executando um delator e o detetive Touro continua na procura dos criminosos. Cabeleira, Carlinho Pretinho, Pelé e Pará planejam um assalto sensacional a um motel. Resolveram levar Dadinho, que na fuga desaparece, mas não morre e volta a cena mais tarde. Touro e Cabeção trocam tiros com todo mundo as anciã de pegar alguém.
A seqüência de crimes não se reduz aos protagonistas da trama. Casos absurdos são descritos, como o do marido traído que esquarteja vivo o filho que não era dele, entregando-o à sua mulher numa caixa de sapatos e do outro cortou a cabeça do "Ricardão" e entregou-o para a mulher numa sacola plástica.
A violência se materializa no dia-a-dia e vai se formando o tecido cultural das crianças de Cidade de Deus. Os meninos dividem seu tempo entre heróis da TV, pipas, brincadeiras, banhos de rio, aulas e a iniciação ao consumo de drogas.
A vida do crime continua, em paralelos aos costumes da comunidade, aos bailes, pelas biroscas, pelas vielas de Cidade de Deus e suas particularidades. Num desses bailes, Salgueirinho, que era galã disputando a tapa pelas meninas, volta para casa com uma cabrocha que morava nas Últimas Triagens e pela manhã, quando sai para a farmácia, é atropelado e morre. Diz-se que é por causa da macumba de uma mulher abandonada por ele. Seu enterro foi prestigiado por mais de duas mil pessoas e todas as suas mulheres compareceram.
Touro elimina um ex-policial e cruza com um sargento do Exército que acabava de ver Pelé e Pará assaltando um ônibus. Eles perseguem os bandidos e após a captura executam os marginais. A narrativa descreve a vida dos dois e como foram parar na Cidade de Deus. A tensão da trama é forte e até a matança de um gato para fazer "churrasquinho de feira" é descrita de maneira impressionante, dado o suspense da narrativa.
Jorge Nesfato tem seu fim como condenado por treze crimes que não cometeu, além de ser condenado pela mulher. Marreco é perseguido e apanhado por Cabeção. Acaba conseguindo fugir, mas na fuga uma bala perdida mata uma criança, colocando a comunidade em desespero. A operação de tráfico de drogas é comandada por Damião e Cunha. Damião mata Cunha para obter poderes e para ficar com Fernanda, que é mulher de Cunha. Como Fernanda não aceita, ele a espanca e some para nunca mais voltar.
Marreco apresentava comportamento esquisito: enlouquecia os vizinhos, repetindo que era filho do Diabo; estuprou uma paraibana casada e queria matar qualquer um que atravessasse seu caminho. Laranjinha não pára para falar com ele e só por isso é jurado de morte. Mesmo assim executa um assalto de sucesso e como Cabeleira se deu bem, assaltando o pagamento de uma construtora, eles vão juntos comemorar. A comemoração dura vários dias de intenso consumo de drogas. Depois da comemoração, Marreco volta a estuprar a paraibana que não oferece resistência, mas o marido surpreende Marreco e mata-o com uma facada. Ao enterro somente Lúcia Maracanã compareceu, porque seus amigos temeram o cerco da polícia.
Alicate pensa em mudar de vida. Acaba deixando a Cidade de Deus e tornando-se evangélico da Igreja Batista, em cujo templo trabalha e prega o evangelho. Cabeleira procura Madrugadão, seu novo parceiro, que lhe diz que Cabeção está cada vez mais ofensivo no cerco contra ele. Cabeleira vê em sonho seus amigos mortos, Marreco, Salgueirinho, Haroldo, Pelé e Pará, com a mesma indumentária e em meio a muito sangue. Marreco no sonho aconselha-o a matar Cabeção , se não quiser ir para a companhia deles no outro plano.
Cabeção executa Wilson Diabo e jura que o próximo é Cabeleira. Eles trocam tiros pelas ruas de Cidade de Deus, mas nenhum consegue atingir o outro. Marimbondo empresta uma pistola 45 e um fuzil para Cabeleira igualar-se a Cabeção. Ari, o irmão homossexual de Cabeleira , aparece e Cabeleira que não admite ter um irmão assim, se atem em se livrar do irmão para que ele não fique em Cidade de Deus. Enquanto Cabeção é implacável em sua caçada, a narrativa descreve sua vida, seu comportamento e seu ingresso na polícia. Ele continua a perseguir Cabeleira pelas vielas e acaba sendo surpreendido pelas costas por um vingados que o mata. Cabeleira fica sabendo do assassinato, mas nem sai de casa.
A narrativa volta ao início e conta a história de Busca-Pé e Barbantino, seus sonhos e a maneira de vida dos cocotas e playboys dos subúrbios e favelas cariocas. Da mesma forma é contada a história de Dadinho, como sua mãe ganha uma cadeira de engraxate a qual lhe servia para fazer assaltos e como ela descobre que Dadinho se inicia na vida do crime.
"...acordou Dadinho a tapas e chorando perguntava com o revólver nas mãos:
- Pra que isso?
- É pra assaltar, matar e ser respeitado!"
Volta à seqüência do assalto ao motel, Dadinho encontra Cabeleira que promete uma grana pelo serviço do assalto e Dadinho pede um revólver. Vão à casa de Marimbondo e são convidados a para novo roubo. Cabeleira não vai. Dadinho e Marimbondo fazem o assalto e se dão bem. No dia seguinte são noticias nos jornais. Empolgados, tramam o próximo crime, desta vez com Bené incorporado ao grupo.
O detetive Touro procura Marimbondo em casa onde se homiziavam, mas eles estavam assaltando uma gráfica. O insucesso revolta o detetive. "Pensava com brutalidade em tudo o que ocorria, porque era bruto, seu nome era Touro, sua fala, suas idéias. A vontade de querer mandar em tudo sempre lhe fora pertinente." Ainda continua rondando a casa de Marimbondo, enquanto os bandidos se escondem no mato após o roubo da gráfica.
Cabeleira se cansa de ficar entocado com os colegas e resolve sair sozinho. Queria ver os amigos de Cidade de Deus . A narrativa descreve uma manhã calma e silenciosa."...então por que aquela aflição? Por que aquela vontade de voltar para perto dos amigos? Aquela sensação de vazio lhe trazia sobressaltos, frios na espinha.(...) A qualidade da paz era superlativa também na Rua do Meio e fazia crescer aquele temor, temor do nada.(...) Não sabia o porquê, mas pequenos pedaços de sua vida vinham-lhe repentinamente de modo sucessivo. As mais vivas cores do dia tornaram-se significantes de significados muito mais intensos, confundindo a sua visão. O vento mais nervoso , o sol mais quente, o passo mais forte, os pardais tão longe dos homens, o silêncio inoperante, os piões rodando, os girassóis vergando-se, os carros mais rápidos e a voz de Touro agitando tudo: - Deita no chão, vagabundo! Cabeleira não esboçou reação. Ao contrário do que se esperava Touro (...) Talvez nunca tenha buscado nada, nem nunca pensara em buscar, tinha só de viver aquela vida sem nenhum motivo que o levasse a uma atitude parnasiana naquele universo escrito por linhas tão marginais. (...) Aquela mudez diante das perguntas de Touro e a expressão de alegria melancólica que se manteve dentro do caixão." A morte de Cabeleira fecha o primeiro capítulo.
A História de Bené
Inicia o segundo capítulo a narrativa descrevendo a herança do tráfico de drogas na Cidade de Deus e o crescimento de Dadinho no mundo do crime. Dadinho se consultava na Umbanda e assaltava cada vez mais. Apesar disso, lá em cima os traficantes eram mais respeitados e isso o feria. Morre o traficante grande e Dadinho toma a boca de seu irmão.
Na Cidade de Deus há mudanças no poder, que agora gira em torno do tráfico de drogas e os bandidos cada vez mais precocemente se destacam pela sua crueldade. Paralelo há um destaque para a vida dos cocotas e da "rapaziada do conceito", grupos que gravitam por fora da violência exacerbada dos bandidos e traficantes, atuando como coadjuvantes na ação dos quadrilheiros. No crime começam a destacar-se Bené e Zé Pequeno.
Enquanto a trama centra-se na história dos cocotas, suas aventuras, as brigas nos bailes, os festivais de rock, o amor de Thiago por Angélica e seu duelo com Marisol por causa da cabrocha, Pequeno dá a boca Lá de Cima para Sandro Cenoura (já crescido) depois de matar os comandantes do tráfico. Logo após planeja dividir tudo só com Bené. "Seu sonho de ser dono de Cidade de Deus estava ali, vivo, completamente vivo, realizado (...) Traficar, era isso que estava na onda, isso que estava dando dinheiro."
Com a morte de Cabeleira, seu irmão Ari, que atendia pelo nome de Soninha, retorna à Cidade de Deus e tem sua história de ódio com Pouca Sombra e de amor com Guimarães, que abandona a mulher para ficar com o homossexual. A narrativa descreve o submundo do homossexualismo, como eles vivem e se relacionam. Enquanto isso, uma sucessão de mortes é destacada na trama: Pequeno ameaça Bigodinho, que mata Jorge Gato e é morto por Pequeno, contrariando Acerola. Cabelo Calmo é preso quando completava dezoito anos. É encaminhado ao Presídio Lemos de Brito, onde é transformado em "mulherzinha" do xerife do presídio, um bandido que mantinha o comando interno da cadeia. Ao sair da prisão é recebido por Pequeno e Bené, mas não lhes revela sua vida no cárcere. Eles tomam a boca de Cenoura e, a pedido de Bené, Pequeno não o mata.
A narrativa descreve fatos e costumes do Presídio de Ilha Grande e o mecanismo da corrupção no sistema. Marimbondo, que chegara ao presídio com a mesma valentia com que se destacava na favela, é brutalmente assassinado a facadas. Em Cidade de Deus, Bené se enturma e "conquista" o cocota Daniel, a quem pede que lhe compre muitas "roupas de grife" para andar na moda dos cocotas cariocas. " - Sou palyboy! - dizia Bené a todos que comentavam sua nova indumentária. Tatuou no braço um enorme dragão soltando labaredas amarelas e vermelhas pelo focinho, o cabelo ligeiramente crespo foi encaracolado por Mosca." Com sua Calói 10 ia à praia todas as manhãs, tirando a maior onda da rapaziada. No seu envolvimento com a cocotada, acaba entrando na briga de Thiago e Marisol, por causa de Angélica. Faz com que os dois amigos façam as pazes e tudo fica bem.
A boca-de-fumo de Ari do Rafa, no morro de São Carlos, é atacada pela quadrilha de Pequeno e Bené. Simultaneamente, Nego Velho e Metralha assaltam uma rica residência. A quadrilha captura a boca de Ari do Rafa e todos, inclusive o Ari, são mortos e enterrados numa só cova. Carlinhos Nervo Duro, que dividia o poder no São Carlos com Ari do Rafa, toma partido e ataca a quadrilha de Pequeno e Bené. No tiroteio, novamente os bandidos do São Carlos levam a pior e somente Nervo Duro escapa com vida. Enquanto isso, Nego Velho e Metralha são perseguidos pela polícia em Cidade de Deus, mas escapam e dividem o roubo, em grande almoço, a quadrilha toda reunida. A polícia aparece, mas reconhece que não há condições de enfrentamento e passa reto. Manguinha e seus amigos voltam para a favela após uma série de assaltos espetaculares, disfarçados de médicos. O tráfico de armas junto à polícia e às forças armadas se intensificam e cresce a troca de donos das bocas-de-fumo. Conforme as mortes acontecem, seus responsáveis assumem a liderança das bocas e assim sucessivamente.
Enquanto Cabelo Calmo é preso novamente, Pequeno e Bené assumem o poder de Cidade de Deus e passam a ditas as leis da favela. São convidados a ajudar Voz Poderosa, compositor da Portela, na escolha do próximo samba da escola.
Bené vai para casa e chora com sua família contando seu sonho: "...pediu desculpas ao irmão, falou que ia ficar só mais um tempo na vida do crime para poder comprar um terreno e fundar sua sociedade alternativa."
Enquanto isso, Touro intensifica a perseguição a ele e a Pequeno. No cerco aos marginais, os policiais Lincoln e Monstrinho prendem Bené; Touro é afastado da Polícia por ter enforcado um trabalhador numa cela.
Preso, Bené pensa que sua vida poderia ser diferente e também que era apaixonado por Patricinha Katanazaka. Espada Incerta sai da prisão e jura para Cenoura que vai matar Bené. Vai para Realengo, vende um quilo de maconha e na comemoração fica bêbado jurando de morte toda a família de Bené. Acaba perdendo o dinheiro do tráfico e perseguido pela polícia; sua própria mãe é que morre enquanto ele é preso.
A cocotada inventa de assaltar um açougue para dar uma festa e Daniel é a atração principal da festa após uma fuga espetacular do carro da polícia que dá um flagrante durante o assalto. A narrativa enfatiza a natureza, que ameniza os sofrimentos do povo de Cidade de Deus.
Bené sai da prisão prometendo mandar todo mês uma quantia ao delegado. De volta à favela, poupa a vida de Butucatu, que deveria ser executado por Pequeno, pelo estupro e morte de sua ex-mulher. O criminoso não respeitou os limites da favela e por isso foi espancado pela quadrilha de Pequeno. Bené tem uma decepção com Mosca, sua mulher, que anuncia uma gravidez e decide interrompê-la. Na operação de aborto, Mosca morre.
Após ser espancado, Butucatu planeja matar Pequeno e pouco tempo depois, ainda com dores, parte para o ataque atingindo fatalmente o abdômen de Bené, que estava em companhia de Pequeno naquele momento. Pequeno também foi baleado, mas ainda teve forças para trocar tiros com Butucatu e sobreviver. O velório de Bené foi um evento à parte. "E uma lua redonda, claríssima, encantou ainda mais o eterno mistério que a noite sempre traz, e o enterro daquela manhã de sol intenso foi o maior que já se viu."
A história de Zé Pequeno
O terceiro capítulo começa com a inútil caçada de Pequeno a Pança e Butucatu, dois bandidos que conhecem todos de Cidade de Deus e juram em segredo matar todo mundo e a consumação do romance de Ari, o Soninha, com Guimarães, que enjoou da mulher.
Zé Pequeno procura uma loira por quem se apaixonou. Mexe com ela e, desprezado, estupra-a violentamente na frente do namorado. Depois procura o namorado, Mané Galinha, em sua casa para matá-lo e, não o encontrando, mata seu avô. Isso causa uma enorme revolta em Galinha, que parte para a vingança obstinadamente. Galinha havia servido na brigada de pará-quedistas do Exército e tinha uma enorme habilidade com armas, além de ser forte e atlético. No primeiro confronto Galinha mata dois quadrilheiros com extrema rapidez e crueldade. "Era a primeira vez que uma pessoa atirava em Pequeno na favela, matava dois de seus quadrilheiros e fazia com ele se escondesse."
Sandro Cenoura procura Mané Galinha para formar quadrilha e derrubar Zé Pequeno. Eles se unem e a guerra contra o bando de Zé Pequeno é inevitável. As quadrilhas aumentam e a guerra prolifera com a participação das crianças. Para manter a luta, Galinha começa a praticar assaltos, enquanto a imprensa destaca a guerra das quadrilhas de Cidade de Deus. O caos das quadrilhas em guerra é evidente, e, num dado momento, a narrativa dá uma trégua à guerra e passa a relatar outros crimes paralelos, estando Mané Galinha escondido por uns tempos. Mais tarde, voltando à sua obstinada caçada, Galinha vai à procura de Peninha e Cabelo junto com Fabiano, e acabam matando outro traficante. Aos poucos a guerra se generaliza, transformando Cidade de Deus no lugar mais violento do mundo. Seus soldados se uniformizam e, no auge do conflito, Cidade de Deus é uma praça de guerra. Após ficarem frente a frente, Pequeno atinge Galinha. Ele não morre, mas as matanças continuam na briga pelo poder do tráfico. Calmo é novamente preso e galinha é resgatado no hospital. Aumenta seu desejo de vingança pela morte de seu irmão Gilson. A polícia estava fora e, conforme passava o tempo, os bandidos iam contando suas vitimas. Mais uma vez, após um ataque de nervos, Galinha é baleado; depois, pela terceira vez, em conflito com Calmo e Madrugado, um viciado finge ajudá-lo e o atinge com vários tiros e sua morte é inevitável. O viciado vingava a morte de um irmão." A festa para comemorar a morte de Galinha atravessou três dias, enquanto Lá em Cima tudo era silêncio, ruas desertas, biroscas e lojas comercias fechadas. O Corpo de Galinha foi velado em sua própria casa, sem a presença de bandidos. Seu enterro, em número de pessoas, superou o de Bené e de Salgadinho."
A polícia monta um novo esquema de repressão para Cidade de Deus e uma operação de grande porte é acionada na região. "A insegurança dominava a favela. Até os viciados, antes fregueses bem-tratados porque sustentavam o ganha-pão, passaram a correr riscos de vida."
Enquanto Pequeno jogava Calmo contra Biscoitinho e tramar tomar a boca Lá em Cima, que é de Cenoura, a operação de polícia é escandalizada pelo massacre de um grupo de crianças. Mesmo assim, o cerco aumenta e o sargento Roberval prende Pequeno, mas o solta em seguida após pegar todo o dinheiro e pedir cinqüenta por cento de todo o dinheiro da boca.
Cabelo Calmo e Biscoitinho duelam pelos becos de Cidade de Deus e Calmo é atingido, mas foge com vida. O clima de revolta pela morte das crianças continua, assim como o comando de Sandro Cenoura nas bocas Lá em Cima. A guerra com a polícia faz enorme número de vítimas que são atiradas em lugares afastados. A ex-namorada de Playboy denuncia uma reunião de traficantes, a polícia cerca o local e faz uma chacina. Isso faz com que algumas bocas troquem de dono. "Pequeno deu o azar de ser abordado pelas Polícia Civil e Militar mais seis vezes. Tanto os civis como os militares o extorquiam."
Novamente flagrado com dinheiro, drogas e armas, Pequeno foi julgado e encaminhado ao presídio Milton Dias Moreira, onde passa a integrar a facção que dominava os presídios cariocas. Do presídio, pelo telefone, Pequeno passa as instruções a seu irmão Pinha e continua a comandar o crime, até que paga um suborno e sai do presídio, refugiando-se fora da Cidade de Deus. Cenoura é afastado da favela, mas sempre causando mortes. Cabelo Calmo se apaixona por uma professora e se entrega à polícia por insistência dela e acreditando na justiça. No segundo dia na penitenciária Lemos de Brito é assassinado a facadas por Nervo Duro.
A sucessão dos traficantes se intensifica: Israel é morto por Conduíte, e Biscoitinho, por Lampião. Otávio que era um cocota que pensava em matar todo mundo para ser dono do tráfico, entra para a macumba e se apresenta para a quadrilha da Treze, sob o comando de Tigrinho e Borboletão. Não pede nenhum cargo de hierarquia do tráfico. Ele só queria matar. Marisol, agora taxista, leva três tiros de Zezinho Cara de Palhaço, que é preso.
Enquanto Cenoura vai preso para a Baixada Fluminense, continua a sucessão de bandidos no poder das bocas. Otávio mata Jacarezinho, que estava sabotando a boca de Borboletão e Tigrinho. Ele domina Jacarezinho e faz com que cave a própria cova. Trajado de vermelho e preto, com uma cartola, Otávio é um assassino com requintes de brutalidade inigualáveis. " ...deu só um tiro para depois cortar o corpo de Jacarezinho com o facão. Com a própria cavadeira jogou a terra de volta para o buraco, foi até os pés da figueira mal-assombrada, acendeu sete velas, sentou em cima da cova, retirou um baseado do bolso, acendeu e fumou sem muita pressa." Depois desse crime, Otávio repete o ritual com mais de trinta vítimas e as enterra na mesma cova. É preso por dois anos e passa um tempo como pregador evangélico. Depois casou, teve filhos e jogou a culpa de seus crimes no Diabo. Alegando que fora dominado por uma força maléfica, incontrolável. Mais tarde, porém, voltou. " ...rasgou a Bíblia, queimou o terno com o qual costumava ir aos cultos e foi à boca pedir a Borboletão uma pistola para matar somente policiais."
Messias, o último "herdeiro" do tráfico Lá de Cima, propõe trégua a Borboletão e Tigrinho na Treze. Com isso a paz volta a reinar na favela. Bastiana, a Bá, deixa o tráfico; a nova geração de cocotas continua curtindo a vida; Busca-Pé realiza o sonho de ser artista como fotógrafo; Cara de Palhaço recebe visita de Marisol, que ficara paraplégico por sua causa, e dias depois aparece enforcado na cela.
Pequeno encontra Borboletão, que continuava com a boca dos Apês, e deixa claro que vai voltar. Tinha estado em Realengo. "O bandido tinha sua prepotência renovada e planos para ser novamente o dono de Cidade de Deus, e para isso já tinha planejado com seus parceiros de Realengo um ataque surpresa na Treze logo na primeira semana de seu novo mandato nos Apês, depois atacariam Lá em Cima."
No entanto, na sua volta, "...Tigrinho, que observava atentamente, retirou a pistola da cintura, deu um tiro no abdômen de Pequeno e saiu correndo junto com Borboletão". O bando de Pequeno se entocou nos Apês, Pequeno morreu ao som dos fogos de Ano-novo e eles voltaram para Realengo. Logo após a morte de Pequeno a narrativa se encerra. "Lá na Treze, Tigrinho, bem cedinho, mandou um menino moer vidro, colocá-lo dentro de uma lata com cola de madeira. Depois do cerol feito, passou-o na linha 10 esticada de um poste ao outro. Esperou o cerol secar na linha, fez o cabresto, a rabiola e colocou uma pipa no alto para cruzar com as outras no céu. Era tempo de pipa na Cidade de Deus.
Disponível em: http:// www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises.../7
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