sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

CINQUENTA TONS DE CINZA


Acabei de ler a trilogia "Cinquenta tons de cinza". Gostei!!!

Vi como um lindo romance, por isso, achei que teve sexo demais (e nos mínimos detalhes), não precisava, pois desde o primeiro livro ficou bem claro a relação forte que existe entre os dois.

Na minha opinião faltaram detalhes do casamento, da reforma da casa e do nascimento do primeiro filho. 

Mas, mesmo assim, eu amei!!!

Chorei em determinado momento (que não vou dizer qual é, para não atrapalhar o suspense) e quero assistir o filme, é claro!!

Recomendo!!!



sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

MUITO PRAZER, EU SOU BIBLIOTECÁRIA!!!

Este texto reflete o enorme prazer que sinto em ser BIBLIOTECÁRIA!!!

Muito prazer, eu sou bibliotecária!


Dois jovens caminhavam pelas ruas a cidade. No caminho, encontraram uma mulher e lhe perguntaram:
__Sabe onde fica a biblioteca e o que faz a bibliotecária?
A mulher responde:
__Eu estou indo para a biblioteca; vamos juntos, que, neste curto percurso eu explico um pouco o que faz a bibliotecária.
No caminho encontraram um mendigo que pedia esmola e a mulher disse:
__Vocês estão vendo aquele mendigo? A bibliotecária é essencial na realização individual, na libertação do homem e ao desenvolvimento e inclusão social. 
Em seguida, encontraram um grupo de pessoas discutindo as questões políticas da cidade e a mulher disse:
__Vocês estão vendo aquele grupo de pessoas discutindo política? A bibliotecária é a responsável pela difusão da informação. Ela deve se posicionar diante do cenário de forma ativa, através de sua responsabilidade social e política perante a sociedade. 
Mais adiante, passaram pelos casarões e sobrados e a mulher disse:
__Vocês estão vendo os casarões e os sobrados? A bibliotecária participa do processo de construção da memória de um passado, organizando, disseminando e preservando a história.
Logo depois, encontraram várias crianças lendo livros na praça, a mulher então disse:
__Vocês estão vendo aquelas crianças lendo? A bibliotecária não ensina só a ler, ensina também a gostar de ler e a ler o mundo, desenvolvendo diversas formas de linguagem, ampliando o vocabulário, formando o caráter e a confiança na forma do bem.
Continuando o caminho, depararam-se com uma universidade e a mulher disse:
__Vocês estão vendo aquela universidade? A bibliotecária tem o papel de tornar a biblioteca universitária como mantenedora da tríade acadêmica - ensino, pesquisa e extensão. 
Passaram diante de uma escola e a mulher disse:
__Vocês estão vendo aquela escola? A bibliotecária é fundamental no planejamento do ensino e aprendizagem cidadã, como educadora e mediadora, participa de todo o processo de pesquisa e democratização da informação.
Quando já estavam chegando à biblioteca, a mulher disse:
__Vocês estão vendo aquele casal de idosos de mãos dadas? Pois o amor causa um enorme impacto na forma como as pessoas agem e se sentem. Existem muitos tipos de amor e cada um deles tem o poder de contribuir para a nossa saúde. Todos estão repletos dos melhores sentimentos; a bibliotecária trabalha com o maior deles, o amor ao próximo, onde busca satisfazer as necessidades, fortalecendo o corpo e o espírito do indivíduo, através do acesso à informação. 
Ser bibliotecária -disse a mulher- é uma lição de vida onde a pronúncia do seu nome representa o som da democracia, da liberdade social, política e cultural da sociedade. É como se a bibliotecária estivesse à beira do tempo e, atentamente observasse todos os movimentos e atitudes. Escuta, reflete e analisa as necessidades, solucionando os problemas informacionais em qualquer fonte de informação para todo tipo de usuário. 
A mulher deu uma pausa e disse:
__"Onde houver a necessidade de se gerenciar a informação é necessário a presença de uma profissional bibliotecária".
Os jovens ficaram abismados com tanta informação e comentaram entre eles:
__Que mulher era esta com tanto conhecimento, consciente do que fala, sensível, que podia ser sentida pela sua emoção demonstrada através de palavras! Por tudo que foi dito por ela, a bibliotecária pertence ao passado, presente e cada vez mais ao futuro.
E antes que a mulher desaparecesse, os jovens comentaram:
__Você nos deu uma aula sobre a bibliotecária na cidadania, democracia, cultura, leitura, pesquisa, política, inclusão social, preservação, disseminação, nos direitos e deveres, no social e no amor, mas não disse, em nenhum  momento, quem é?
A mulher respondeu com toda postura, firmeza, orgulho e com muita harmonia que podia ser vista pela energia que brotava do brilho de seus olhos:
__Muito prazer, eu sou bibliotecária!

Autor: Marcio Henrique Almeida
Professor, bibliotecário, especialista e consultor em Gestão de Arquivos.

Disponível em: http://imirante.globo.com/oestadoma/noticias/2013/01/04/pagina237050.asp

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

07 DE JANEIRO - DIA DO LEITOR


PERFEITO!!! ESTE TEXTO É MARAVILHOSO!!

LER DEVIA SER PROIBIDO

"A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido.

Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Dom Quixote e Madame Bovary. 


O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.


Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. 


Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.


Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?


Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.

Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. 


Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.


Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.


Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.


O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlim-pim-pim, a máquina do tempo. 


Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?


É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metros, ou no silêncio da alcova. Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um.


Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.


Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.


Além disso, a leitura promove a comunicação de dores e alegrias, tantos outros sentimentos. A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.


Ler pode tornar o homem perigosamente humano."
(Guiomar de Grammont)

"Eu poderia ter o mesmo pai, a mesma mãe, ter frequentado o mesmo  colégio e tido os mesmos professores, e seria uma pessoa completamente diferente do que sou se não tivesse lido o que eu li. Foram os livros que me deram consciência da amplitude dos sentimentos. Foram os livros que me justificaram como ser humano. Foram os livros que destruíram uma a um meus preconceitos. Foram os livros que me deram vontade de viajar. Foram os livros que me tornaram mais tolerante com as diferenças."
(Martha Medeiros)